O Fortaleza encerrou a Série A de 2022 com uma campanha histórica, que resultou em um caminho inédito: da lanterna no 1º turno à classificação para a Libertadores de 2023. E na reta final do Brasileirão, a diretoria resistiu à pressão do mercado para priorizar o desempenho esportivo.
O Diário do Nordeste apurou que a gestão recusou propostas e sondagens do cenário internacional por cinco jogadores. A lista tinha: o zagueiro Benevenuto, o volante Hércules, o meia Lucas Crispim e os atacantes Moisés e Romarinho. O foco era manter o elenco para o treinador argentino Vojvoda.
Os contatos são mantidos em sigilo, mas a reportagem apurou que uma oferta superou o valor da negociação do atacante David ao Internacional - recorde do futebol cearense, de R$ 10,8 milhões.
Assim, a gestão mostrou ambição esportiva junto à comissão. Ao longo do ano, a única saída fora do planejamento foi a do ala Yago Pikachu, que teve a multa rescisória paga pelo Shimizu S-Pulse, do Japão. As demais, como empréstimos de Renato Kayzer e Igor Torres, foram alinhadas.
O Fortaleza se estruturou para fazer história em 2022 e conseguiu a temporada mais vitoriosa dos 104 anos de fundação. Forneceu recursos para o desenvolvimento do trabalho, realizou a aquisição de jogadores, manteve os principais ativos e teve retorno de mais de R$ 60 milhões em premiações.
O objetivo será definir com quais jogadores deve contar para 2023. Após esse processo, o foco será a lista de quais prioridades de contratação, que já foram mapeadas e adiantadas junto ao departamento de futebol. A tendência é de apresentar um grupo de jogadores maior para o início da temporada: cerca de cinco contratações devem ser feitas.
Com o mercado aquecido e os atletas valorizados, para uma venda ocorrer é necessária um valor significativo para o clube cearense. A gestão não trata nenhum jogador como inegociável no momento e, se existir uma saída, deve haver também uma recomposição de um atleta com nível similar no mercado.