O Clássico das Cores terminou empatado em 1 a 1, nesta quarta (7), no estádio Presidente Vargas (PV), com sensações distintas para Ferroviário e Fortaleza. No âmbito geral, a estratégia coral foi superior e teve vantagem até os acréscimos do 2º tempo, quando Machuca fez para o Leão.
A sensação é de frustração para o Tubarão, que teve muita aplicação tática, abriu o placar aos 6 minutos da etapa inicial com Vinícius Alves e pouco sofreu, mas também não “matou” o jogo. No lado leonino, uma equipe travada na parte tática, com pouca velocidade e que empatou em uma pressão desorganizada dentro de campo.
Assim, a conjuntura trouxe contrastes. O Ferrão pareceu mais lúcido coletivamente, consciente do que deveria fazer e soube se comportar com linhas baixas, explorando a transição e povoando o meio-campo. Lincoln, César Sampaio, Tarcísio e Ciel foram destaques dentro do 4-5-1. E o panorama seguiu também na volta do intervalo, com Copertino oxigenando o time com substituições.
O Fortaleza teve um 4-3-3 muito estático e previsível, com muitos jogadores abaixo. Moisés, Luquinhas e Thiago Galhardo quase não levaram perigo. Na defesa, o recém-chegado Tomás Cardona também teve uma atuação ruim, mal nos duelos individuais.
As entradas de Machuca, Kervin e Marinho não foram suficientes para um acréscimo de qualidade, apesar da igualdade surgir com essa imposição física. Assim, o resultado deixa lições e sinais para o técnico argentino Juan Pablo Vojvoda avaliar a performance e a estratégia adotada.
No fim, o placar classificou Ferroviário e Fortaleza para o mata-mata, sem assegurar lideranças dentro dos respectivos grupos - o que aumenta a pressão para a rodada final, quando teremos um Clássico-Rei pelo caminho. O Leão fica na liderança do Grupo A, com 10 pontos, e o Ferroviário segue em 3ª do Grupo B, com sete - a mesma pontuação do Ceará, que tem uma partida a menos.