Acordo contra o Fortaleza e pedra no sapato: reações da imprensa internacional sobre grupo da Libertadores
O time cearense encara Racing-ARG, Colo-Colo-CHI e Atlético Bucaramanga-COL

A definição do grupo do Fortaleza na Libertadores, nesta terça-feira (17), repercutiu na imprensa sul-americana. Com Racing-ARG, Colo-Colo-CHI e Atlético Bucaramanga-COL como adversários no Grupo E, diversos veículos de comunicação do exterior avaliaram o desafio do chaveamento e a expectativa dos jogos.
O jornal argentino Diario Olé, por exemplo, destacou que o grupo “parece ser um dos mais difíceis”, mas que o Racing-ARG é o grande favorito pelas conquistas recentes da Copa Sul-Americana e da Recopa Sul-Americana. “Mais de um adversário deve ter agarrado na cabeça quando apareceu na mesma chave do time de Gustavo Costas, que chegou com o peito inflado na Libertadores”, disse em trecho.
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Sobre o Fortaleza, a reportagem destacou que o clube foi o 4º colocado da Série A de 2024, além de ser comandado pelo técnico argentino Vojvoda e ter contratado o volante e compatriota Pol Fernández, que foi campeão argentino pelo Racing durante 2018 e estava no Boca Juniors-ARG.
A distância de 4.900 km do país até a Arena Castelão também foi ressaltada. Isso porque os times se enfrentam no estádio logo na estreia da competição internacional, com data prevista para 2 de abril.
O tradicional Clarín, também da Argentina, destacou que a disputa do Racing-ARG “parece ser com dois rivais”, se referindo ao Colo-Colo-CHI e ao Fortaleza. De forma mais analítica, o La Nación trouxe uma reportagem sobre o time argentino ter “fôlego” para brigar pelo título da Libertadores. “O clube mudou o termo ‘competir’ para vencer’ desde o início e alinhou com todos os seus jogadores para transformá-los em um time vencedor”, publicou em uma das partes do material.
Sobre a equipe tricolor, o destaque foi os velhos conhecidos do futebol argentino. “Tem outro ex-Racing como Pol Fernández e tem três ex-Boca: Mancuso (também jogou pelo Estudiantes), Gastón Avila e Pochettino (também jogou no River); e dois ex-Independiente: Emanuel Brítez e Juan Martín Lucero”.
Polêmica no Chile
A CNN, do Chile, disse que o Colo-Colo lutava “contra um velho conhecido e um atual campeão”. Sobre o Fortaleza, o veículo projetou um “duelo muito quente” pois é “a atual equipe de Gato Lucero, que deixou a instituição à força em meio a polêmicas e críticas dos torcedores”, finalizou em trecho.
O portal chileno Triunfo ressaltou que o Cacique está em uma “zona complicada” na Libertadores. Para a ESPN, o técnico argentino Jorge Almirón, do Colo-Colo, revelou uma conversa com Diego Milito, atual presidente do Racing-ARG, para garantir a classificação das duas equipes no Grupo E.

"Eu sei que eles são muito bons, eles têm uma boa equipe, um bom treinador, eles estão muito confiantes, mas há um bom relacionamento com o presidente (Diego) Milito, estávamos conversando no sorteio e concordamos em classificar os dois", declarou à reportagem em um tom de brincadeira.
O comandante ainda reforçou a relevância do time, campeão da Libertadores em 1991. “O Colo-Colo tem mística, boa equipe, bons jogadores e todo o apoio do país, vamos aproveitar”, complementou.
Menos pressão na Colômbia

O jornal colombiano El Universal ressaltou que o Atlético Bucaramanga-COL e aparece em um grupo “muito difícil” contra rivais da Argentina, do Brasil e do Chile, todos avaliados como “grande tradição”.
O portal El Tiempo revelou que a diretoria decidiu demitir o técnico paraguaio Gustavo Florentín pelo momento ruim às vésperas da estreia na Libertadores. Além disso, destacou que Racing-ARG e Colo-Colo-COL possuem muito peso na competição, enquanto o Fortaleza “pode ser pedra no sapato”.
Por fim, o El Colombiano avaliou que os Leopardos, apelido do Bucaramanga, tem um “desafio sem precedentes”, que retornam para a competição em busca de um feito histórico na competição.