Ex-jogador foi condenado a nove anos de prisão na Itália
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decide nesta quarta-feira (20) se o ex-jogador Robinhovai ou não cumprir no Brasil a pena pelo estupro de uma mulher. O crime ocorreu numa boate em Milão, em 2013. O brasileiro foi condenado a nove anos de prisão na Itália, que solicita que a decisão seja homologada e o ex-atleta cumpra a punição em seu país.
No fim de 2022, o Ministério da Justiça da Itália solicitou ao Governo Brasileiro a extradição de Robinho. Foi negado. Em seguida, acionaram o STJ para que a sentença naquele país tenha efeitos no Brasil. Este é o tema do julgamento que está marcado para as 14 horas (de Brasília). Independente da decisão, pode haver recursos.
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RELEMBRE O CASO
Robinho foi condenado em 2017 pelo crime de estupro contra uma jovem albanesa que ocorreu em uma casa noturna em Milão, na Itália, quando ele atuava pelo Milan. A sentença foi referendada por outras instâncias da Justiça italiana, incluindo pela mais alta corte do país europeu, que confirmou a condenação em janeiro de 2022. Depois disso, a Itália solicitou ao Brasil a extradição do atleta.
Ele entregou em março desde ano seu passaporte à Justiça e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de não poder ser extraditado para a Itália, onde foi condenado. O jogador nega as acusações. Ele fez sua última partida em julho de 2020 e vive recluso em sua casa, em um condomínio de Luxo no Guarujá. As poucas aparições públicas que faz são, geralmente, para jogar futevôlei na praia.
O jogador foi revelado pelo Santos e defendeu o time da Vila Belmiro em três passagens. Ele foi contratado em 2020 para dar início ao que seria a quarta passagem, mas o clube, pressionado por torcedores e patrocinadores depois que vieram à tona detalhes da sentença condenatória, optou por encerrar o contrato com o atacante dias após contratá-lo.
De acordo com a investigação, Robinho e outros cinco amigos, incluindo Ricardo Falco, que também foi condenado, levaram a mulher ao camarim de uma casa noturna chamada Sio Café, em Milão, e lá abusaram sexualmente dela. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação, e por isso a participação deles no ato é alvo de outro processo.