Mais três vítimas denunciam o surfista João Paulo Azevedo após agressão contra americana

Capixaba é alvo de medidas protetivas de ex-companheiras

Legenda: Brasileiro JP Azevedo é flagrado agredindo a surfista Sarah Taylor.
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Novas denúncias contra o surfista João Paulo Azevedo surgiram após a publicação do vídeo em que ele aparece agredindo a americana Sara Taylor enquanto ela surfava em Bali, na Indonésia. Três outras vítimas relataram também terem sido agredidas pelo capixaba. A denúncia foi feita ao programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (9). 

NOVAS VÍTIMAS

Carolina Braga se relacionou com JP Azevedo por seis meses. A mulher relembra o momento em que sofreu agressão do ex-companheiro, em 2019. 

“Foi uma surra, foi muito forte, mas eu senti muita vergonha muita tristeza. Chorei muito, eu quis me matar, foi muito difícil. Tive traumatismo craniano”, relatou. Depois, ela registrou um boletim de ocorrência.

Outra vítima ouvida pelo programa preferiu não se identificar, mas revelou ter três medidas protetivas contra o surfista. 

“Tive uma relação com ele durante quase três anos. Lembro de vários momentos que ele atirava coisas, ele chegou a quebrar quatro celulares nesse período todo. Ele me batia, me empurrava, diversas vezes me chutou, me agrediu”, detalhou.

Flora Gomes também sofreu com agressões dele. Ao Fantástico, a mulher revelou ter sido atacada após discurtir com ele.

“Estava com as minhas amigas e ele chegou transtornando me ameaçando, pegou uma cadeira e disse que ia me matar. Me levantei fui até ele, dei um tapa no rosto dele: ‘Por favor para o que está fazendo’, para ver se ele voltava. E aí isso ele pegou voltou três passos. Tinha uma escada, ele subiu a escada pegou um impulso e me deu um pedalasso na barriga. Eu voei e bati com a nuca no banco”, disse a psicóloga.

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A surfista americana Sara Taylor também conversou com a reportagem do G1 do Espírito Santo, para dar mais detalhes de quando foi agredida dentro do mar pelo brasileiro. O caso ganhou repercussão após ela ter divulgado as imagens do momento da violência nas próprias redes sociais. O vídeo foi gravado pela amiga Charlie MC Harg. 

“Estava cheio, e eu vi alguns caras que estavam se esbarrando, as vezes acontece no surf, mas a onda veio e eu estava no lugar certo, esse cara, de forma intencional esbarrou em mim. Essa foi a minha primeira onda. E enquanto eu estava nadando alguém estava gritando pra mim, eu não entendi. Tudo aconteceu muito rápido, eu estava confusa, ele estava gritando algo que era a onda deles, mas eu perguntei, era você ali? E ele disse não, era meu amigo, e eu não queria ficar discutindo, eu só queria surfar, então eu joguei água na cara dele, com se fosse pra ele parar, tipo: ‘Por que você está gritando comigo?’. E eu continuei nadando e foi ai que ele me bateu. Eu fiquei em choque, mas eu não queira me sentir derrotada, como se eles tivessem me espantado dali, então eu continuei surfando por pelo menos uma hora”, explicou.

Tanto a surfista quanto a amiga registraram queixa na polícia da Idonésisa contra JP e Adriano Portela. O programa também tentou contato com JP Azevedo, mas o telefone do surfista não recebe ligações.

Já os advogados de Adriano Portela, amigo dele, ressaltaram que o cliente não compactua com agressões e está à disposição para colaborar com as autoridades.

PEDIDO DE DESCULPA

João Paulo Azevedo divulgou um vídeo em que lia uma mensagem se desculpando pelo ocorrido. Aos 39 anos, ele chegou a disputar campeonatos profissionais da modalidade. Após a repercussão do caso, ele apagou a rede social. 

“Eu vi o surfista empurrar o meu amigo, fui perguntar por que ele fez isso quando fui agredido no rosto e revidei. Daí vi que não era um homem e, sim, uma mulher, na mesma hora fui pedir desculpas e me redimi. Saí da água triste e então veio ela e sua amiga me atacar, me jogaram no chão, pegaram a minha prancha no carro”, disse em trecho do vídeo.


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