Laudo do incêndio da Arena Castelão aponta curto-circuito em ar-condicionado como causa

Equipamento foi atingido por chamas no dia 30 de janeiro e teve parte da cobertura danificada

Legenda: Bombeiros tentam debelar o fogo na Arena Castelão
Foto: Fabiane de Paula

O laudo sobre as causas do incêndio na Arena Castelão foi concluído e apontou um curto-circuito de falha elétrica em um ar-condicionado de uma das cabines de transmissão. O dossiê foi concluído pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce) e divulgado pela Secretaria do Esporte e Juventude (Sejuv).

O incidente ocorreu no dia 30 de janeiro e danificou também parte da cobertura do estádio. Em nota, a Sejuv informou que “possui contrato vigente com empresa de manutenção dos equipamentos do sistema de climatização de ambientes”.

A Superintendência de Obras Públicas (SOP) realiza levantamento do material atingido para a realização da reforma e recuperação da cobertura, mediante licitação. A Arena Castelão segue apta para receber partidas de futebol e não deve ser interditada durante a Série A do Brasileiro.

Falta de manutenção

incêndio Castelão
Legenda: Incêndio iniciou na cabine de rádio da Arena Castelão, segundo o Corpo de Bombeiros
Foto: VC Repórter

O Diário do Nordeste informou com exclusividade que a Arena Castelão não possui, atualmente, um contrato ativo com empresa especializada para manutenção preventiva do equipamento. O último, assinado por meio de dispensa de licitação junto à empresa Normatel Engenharia, no valor de R$ 1,79 milhão, foi encerrado em março de 2020.

Pelo período de seis meses, de outubro de 2019 a março de 2020, a Sejuv contratou "serviços técnicos de manutenção predial preditiva, preventiva, detectiva e corretiva das instalações físicas prediais dos sistemas e equipamentos abaixo relacionados, com fornecimento de mão de obra especializada, materiais e peças de reposição, para atender as necessidades do Arena Multiuso - Estádio Plácido Aderaldo Castelo". No entanto, nenhum outro vínculo foi firmado.

Em contato com a reportagem, o órgão comunicou que os serviços são realizados por equipe de operação do próprio equipamento, com intervenção técnica da Superintendência de Obras Públicas (SOP). Um processo de licitação está em andamento "para uma nova contratação de empresa, referente a manutenção do equipamento".