Jogadoras precisam custear passagens, traslado, hospedagem e alimentação.
Convocadas para integrar a Seleção Brasileira Master Feminina de Handebol, nas categorias 30+ e 37+, Rachel Jucá e Viviane Pires estão em campanha para arrecadar verba e poder disputar a 1ª Copa América 2022. As atletas vão arcar com passagens de ida e volta, traslado, hospedagem e alimentação. A competição será em Viña Del Mar e Valparaíso, no Chile, entre 6 e 10 de abril. A armadora Leyliane Pinheiro também está entre as relacionadas. O trio atua pelo Fortaleza.
Viviane Pires, de 42 anos, foi convocada para disputar a categoria 37+. O começo na modalidade veio por influência da irmã, que era atleta e a levava aos treinos. O gosto pelo esporte garantiu bolsas de estudo e ela não parou mais. Atualmente, está desempregada mas vende roupas. Os treinos pararam por causa da pandemia, mas ocorrem três vezes por semana. Ela conta um pouco das expectativas para a disputa.
"Venho me preparando há anos. Vou poder competir com as melhores, em alto nível, e também poder mostrar a força das nordestinas", contou a atleta.
Além do Fortaleza, camisa que defende há 15 anos, a ponteira também joga pelo master do MontCau, no bairro Montese, na capital cearense. Na ponta do lápis, ela estima R$ 5 mil reais em gastos para a viagem. Logo deve lançar uma vakinha online, mas já recebe doações pelo Pix.
Rachel tem 35 anos e joga handebol desde os 11. A paixão vem da época do colégio. Aos 15, foi chamada para a seleção Cearense, onde acumulou títulos. Também atuou pelo Eusébio e pelo Clube dos Diários. Por ser esporte amador, a ponta direita precisa trabalhar assim como outros tantos atletas. Ela divide a rotina de trabalho no marketing com os treinos pelo Caucaia, a outra equipe, e a maternidade.
A jogadora precisa de R$6 mil reais para realizar o sonho de jogar a categoria 30+ do torneio internacional. Ela também recebeu apoio da Prefeitura de Caucaia, cidade onde mora. Ela espera arrecadar a quantia até o fim de fevereiro.
“Entendo que seria uma responsabilidade da Confederação de Handebol, que não tem verba. Já consegui arrecadar alguns valores, então creio que vai dar certo. Estou confiante”, disse.
Atualmente, as três defendem a camisa do Tricolor na equipe adulta. Elas conquistaram o eneacampeonato Cearense (2013-2021) pelo clube. Questionado se daria algum suporte para as atletas, o clube respondeu por meio de nota: “o Fortaleza entende que quando uma atleta é convocada para a Seleção o custo da passagem deve ser custeada pela confederação, assim não tendo previsto em orçamento o gasto das passagens aéreas.”