No 'Fantástico', Ingrid Guimarães diz que se sentiu envergonhada e com medo em voo de NY ao RJ
A atriz desabafou nas redes sociais que foi constrangida ao ser retirada do assento que comprou sem aviso prévio da companhia aérea

A atriz Ingrid Guimarães afirmou, em entrevista ao 'Fantástico', da TV Globo, neste domingo (16) que sentiu constrangimento, medo e vergonha durante o voo de Nova York, nos Estados Unidos, para o Rio de Janeiro, no Brasil, no último dia 7 de março.
A viagem foi operada pela companhia American Airlines. "Uma cadeira da [classe] executiva quebrou, e eles escolheram uma pessoa da premium economy, que é aquela classe entre a executiva e a econômica, para sair. Falei: 'Não vou sair, eu comprei e vou continuar aqui'. Aí começaram as ameaças: 'Se você não sair, você nunca mais viaja de American Airlines'", relatou a artista.
O desabafo de Ingrid, feito nas redes sociais há alguns dias, logo após o voo, viralizou e despertou o debate público sobre os direitos do consumidor. De acordo com a atriz, a abordagem dos funcionários da companhia foi agressiva, tanto que ela chegou a ouvir de um comissário que todo o voo teria de ser esvaziado por causa de uma única passageira.
"Todos os brasileiros em pé, olhando para mim. Aí, uma mulher que estava na primeira fila, com um bebê de colo, começou a gritar comigo e falou: 'É isso mesmo, Ingrid? A gente vai ter que descer por causa de um capricho seu?'", lembrou ela na entrevista. Isso porque não foi explicado para os demais passageiros por que ela estava sendo retirada de seu lugar.
Sem saída, a atriz acabou cedendo à pressão da companhia e foi conduzida para a classe econômica. "Me senti muito acuada, constrangida, com vergonha e com medo. Essa sensação muito ruim de sentir medo dentro de um voo", disse.
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'Downgrade'
A American Airlines prevê o "downgrade" em sua política interna, que significa que um passageiro de classe superior pode ser transferido para uma inferior. O assento pode ser solicitado quando:
- Uma autoridade governamental precisar usar o lugar;
- Questões climáticas que demandem a redistribuição do peso da aeronave;
- Situações fora do controle da companhia aérea.
No 'Fantástico', a advogada de Ingrid, Simone Kamenetz, comentou, no entanto, que nenhuma dessas situações se aplicava ao caso e que a companhia deveria ter informado a passageira sobre a impossibilidade de viajar na classe comprada por ela.
"As companhias aéreas têm tratado de maneira abusiva os consumidores, e o Código de Defesa do Consumidor veio trazer o direito de ser ressarcido", explicou a jurista.
A Secretaria Nacional do Consumidor notificou a American Airlines sobre o caso. A empresa, por sua vez, disse, em nota, que pediu desculpas à atriz pelo ocorrido e que irá investigar os fatos para que não aconteça novamente.