O cantor Wesley Safadão e a influenciadora Thyane Dantas estão entre os moradores de Fortaleza agendados pela Prefeitura para receber a 2ª dose (D2) do imunizante da Janssen contra a Covid na próxima segunda-feira (20). Em julho, os dois se envolveram em polêmica na 1ª dose (D1), quando Safadão recebeu a vacina em local fora do agendado, enquanto Thyane se vacinou de forma antecipada, fora da faixa etária então estabelecida.
Segundo a lista de agendados divulgada pela Prefeitura, os dois devem receber a dose no shopping RioMar Kennedy, ele às 13h e ela às 14h.
Fortaleza começou a aplicar a D2 do imunizante nesta quinta-feira (16). Inicialmente, a Janssen era administrada em dose única, mas passou a requerer o reforço após decisão do Ministério da Saúde.
Além do casal, a produtora de Wesley Safadão, Sabrina Tavares, foi agendada para a vacinação no mesmo local, também na próxima segunda.
Polêmica na vacinação
A polêmica envolvendo o casal e a vacinação começou em 8 de julho, logo após Safadão ser imunizado fora do local estabelecido pelo poder municipal. Já a influenciadora digital recebeu a vacina de forma antecipada — fora da faixa etária estabelecida na época. E a produtora do cantor foi inserida na investigação por também tomar o imunizante em local diferente do agendado.
Na época, a esposa do cantor cearense, que tem 30 anos, ainda não estava inclusa na faixa etária contemplada pelas listas divulgadas diariamente pelo poder municipal, que informam quem deve comparecer aos locais de vacinação. Ela não foi agendada.
Por conta do caso, um processo de investigação do Ministério Público do Ceará (MPCE) foi aberto para apurar as circunstâncias da vacinação, assim como uma investigação paralela da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Processo está suspenso
No fim de novembro, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) mandou suspender o Procedimento Investigatório Criminal (PIC) do MPCE que apura a vacinação irregular dos três.
Advogados dos três envolvidos entraram com habeas corpus pedindo a suspensão e o trancamento da investigação. A desembargadora Francisca Adeline Viana aceitou o pedido. A defesa argumentou que há "abuso no exercício da pretensão executória" por parte do Ministério Público, pois o caso é atípico e não há justa causa para a investigação.
A desembargadora justificou ainda que o mérito do caso deve ser alvo de análise da 2ª Câmara Criminal, que reúne quatro desembargadores, e vai decidir se tranca o processo definitivamente ou não. Até lá, o procedimento está suspenso.