O Tribunal de Justiça de Pernambuco revogou a prisão do cantor Gusttavo Lima nesta terça-feira (24). A decisão é do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, o mesmo determinou a soltura da advogada e influenciadora Deolane Bezerra, dentre outros suspeitos presos na Operação Integration, que investiga jogos ilegais e lavagem de dinheiro. As informações são da Folha de S. Paulo.
A juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, havia determinado a prisão de Gusttavo Lima, assim como a suspensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo e eventual porte. Na decisão do desembargador, a suspensão dos itens também foi anulada.
Em nota, a assessoria jurídica do cantor disse que recebeu com "muita tranquilidade e sentimento de justiça a decisão" e disse que a relação de Gusttavo com a empresa investigada era "estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave".
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Mais cedo, o nome do cantor estava nos sistemas de alerta da Polícia Federal. Gusttavo teria deixado o Brasil na madrugada de segunda-feira (23). O destino foi Miami, na Flórida (EUA), logo após saída em um voo privado do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Conforme as investigações, Gusttavo Lima teria dado suporte a dois foragidos em um avião. A ordem de prisão expedida apontava suposta "conivência" do cantor com foragidos, o que segundo a justificativa da juíza compromete a integridade do sistema judicial.
A decisão aponta que no retorno de uma viagem à Grécia, uma aeronave transportou Gusttavo e dois foragidos da Operação Integration, que teriam sido deixados em outro país. Os foragidos em questão são José André da Rocha Neto, dono da Vai de Bet, e a sua esposa Aislla Rocha.
"Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima] e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha. Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade", declarou a magistrada Andrea Calado.
A defesa do cantor Gusttavo Lima recebe com muita tranquilidade e sentimento de justiça a decisão proferida na tarde de hoje pelo Desembargador do TJPE Dr. Eduardo Guilliod Maranhão, que concedeu o habeas corpus. A decisão da juíza de origem estabeleceu uma série de presunções contrárias a tudo que já se apresentou nos autos, contrariando inclusive a manifestação do Ministério Público do caso. A relação de Gusttavo Lima com as empresas investigadas era estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave. Tudo feito legalmente, mediante transações bancárias, declarações aos órgãos competentes e registro na ANAC. Tais contratos possuíam diversas cláusulas de compliance e foram firmados muito antes de que fosse possível se saber da existência de qualquer investigação em curso. Gusttavo Lima tem e sempre teve uma vida limpa e uma carreira dedicada à música e aos fãs. Oportunamente, medidas judiciais serão adotadas para obter um mínimo de reparação a todo dano causado à sua imagem.
Equipe jurídica - Gusttavo Lima