Presidentes da Conmebol e do Chile discutirão final da Libertadores

Partida está marcada para 23 de novembro, em Santiago, foco de manifestações contra o Governo. Há risco para os elencos dos finalistas Flamengo e River Plate

Legenda: Manifestante com bandeira do Chile em Santiago
Foto: Martin Bernetti/AFP

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e o presidente do Chile, Sebastian Piñera, irão se reunir para definir os detalhes da partida decisiva da Taça Libertadores da América, marcada para ocorrer em Santiago. Essa será a pauta central do encontro entre os dois. A final está marcada para 23 de novembro, no Estádio Nacional do Chile.

"A reunião entre o presidente do Chile e as autoridades faz parte dos preparativos para a realização da final única da Libertadores, assim como está sendo feito até agora", disse a Conmebol, em comunicado oficial.

A Confederação voltou a declarar, ontem (29), que não cogita alterar nem a data ou mesmo o local da decisão da Libertadores, entre Flamengo e River Plate, mantendo-a assim, no Chile, mesmo com as constantes manifestações pelas quais o país passa, com foco maior centralizado na capital Santiago, que tem passado por fortes conflitos entre Polícia e manifestantes.

Diante desse cenário, ainda sem prazo para se resolver, mesmo com os acenos de mudança do presidente Sebastian Piñera e as mudanças ministeriais previstas. O presidente da ANFP (a CBF do Chile), Sebastián Moreno, declarou que está mantida a determinação de organizar a final da Libertadores em Santiago, mas que "a realidade do país é mais importante que o futebol nesse momento". A frase do dirigente mostra que a entidade chilena não está disposta a colocar em risco a integridade dos elencos e comissões técnicas de Flamengo e River Plate.

Os protestos no Chile contra Piñera se iniciaram em 18 de outubro. Até agora, 20 pessoas já morreram. "A Conmebol está sendo informada sobre o que se passa no Chile", frisou Moreno.