No empate sem gols no Clássico-Rei, na Arena Castelão, pela 6ª rodada da 2ª fase do Campeonato Cearense, o Ceará atuou pela 4ª vez seguida com seu time titular, em um intervalo de 12 dias, média de um jogo a cada três dias. E a maratona, já pesada para o Alvinegro, se repetirá no mesmo intervalo de 12 dias e com o mesmo número de jogos, sendo todos decisivos.
Se a primeira parte da maratona incluía Foz do Iguaçu (Copa do Brasil), Sergipe (Nordestão), Atlético/CE e Fortaleza (Estadual), a nova sequência será mais complicada: Corinthians (dia 13, pela 3ª fase da Copa do Brasil, na Arena Castelão), Fortaleza (dia 17, pelo Nordestão), Ferroviário (dia 20, no PV, pelo Estadual) e Santa Cruz (dia 23, na Arena Castelão, também pelo Nordestão).
Em todos os confrontos, o Vozão tem objetivos, não podendo “tirar” o pé ou relaxar em nenhum. Já na quarta-feira (20), o Ceará faz o jogo de ida contra o Corinthians pela Copa do Brasil, visando abrir vantagem no duelo da volta, dia 3 de abril. Em seguida, um novo Clássico-Rei com o Fortaleza, precisando vencer para manter a liderança do acirrado Grupo B (o Ceará é líder com 11 pontos, mas o vice-líder Botafogo/PB tem a mesma pontuação e o 5º colocado ABC soma 8).
Na quarta-feira, o time Alvinegro recebe o Ferroviário na última rodada da 2ª fase do Cearense, precisando vencer para confirmar a liderança e garantir vantagens nas finais do Estadual. Por fim, o jogo com o Santa Cruz, para encaminhar classificação na Copa do Nordeste.
Assim, com tantos jogos, Lisca elogiou o preparo físico do grupo. “Quarta, temos o Corinthians, domingo outro Clássico, e precisaremos ser muito assertivos na escolha dos jogadores, na estratégia. Vamos ver se a gente consegue manter o nível, pois este (contra o Fortaleza) já foi o 13º jogo do ano. Quero parabenizar o departamento médico, departamento físico, nutrição, fisioterapia, recuperação, porque terminamos bem fisicamente a partida, mesmo com mais jogos que o adversário, e ninguém me pediu para sair. No mesmo período do ano passado, já tínhamos seis lesões musculares e neste ano temos apenas o Charles”.
Comprometido
Em seguida, o técnico admitiu que, com a maratona nos meios e fins de semana, o treinamento para o jogo seguinte fica comprometido, com o treino sendo mais teórico.
“Para a sequência, temos que tentar ser mais assertivos nas definições, na sincronia do ataque, na defesa para não deixar espaços para os contra-ataques, mas não tenho tempo para ajustar. É muito complicado para o treinador, que até se faz o diagnóstico, mas não se consegue treinar, criar o hábito, repetir, mostrar na prática. Estamos treinando nos vídeos, mas isso é só informação visual, não é da prática, da repetição, da sincronia. Isso tem me atrapalhado muito, eu não consigo trabalhar a estratégia para o próximo jogo. É muito mais na teoria que na prática. Quem treina mais são os jogadores que estão jogando menos. Em compensação, não têm o ritmo do jogo e a afinação da equipe”.
Sobre o desgaste para o jogo com o Corinthians, Lisca comparou. “Vamos ver como será contra o Corinthians, qual a melhor formação e como estarão os jogadores. Menos mal que eles jogaram também um clássico”.