O presidente Jair Bolsonaro reforçou a necessidade do retorno dos jogos de futebol no Brasil. A justificativa seria o baixo risco de letalidade dos atletas pelo novo coronavírus, um dos argumentos defendidos pelo Governo Federal.
"No momento, existe muita gente que entende, no meio futebolístico, que é favorável à volta porque o desemprego está batendo à porta dos clubes também. Com essa idade jovem, o jogador, ele dificilmente, caso seja acometido do vírus, a chance de partir para a letalidade é infinitamente pequena. Até pelo estado físico, pela higidez que tem esse atleta", afirmou em entrevista à Rádio Guaíba.
Dentre as consultas de Bolsonaro no esporte, um dos nomes é o de Renato Gaúcho, técnico do Grêmio. O presidente reforçou que a principal preocupação é a economia dos times e também salários dos atletas, que acertaram cortes nos pagamentos com as respectivas diretorias.
"Temos o pensamento de que o jogador, todo mundo ganha horrores. Não, a maior parte não ganha bem e precisa do futebol para sustentar a família. Estão passando necessidade. Não sou eu que vou abrir ou não o futebol, mas já conversei com o ministro da Saúde para dar um parecer nesse sentido, para que o futebol volte sem torcida. Então, da nossa parte, esse parecer deve ser feito, como acertado com o ministro Nelson Teich e como parece que também a Anvisa vai dar", finalizou.
A CBF encaminhou um protocolo médico ao Ministério da Saúde para liberação das partidas de futebol com medidas de proteção para atletas e ausência de público. A Pasta analisa o documento e deve emitir resposta até o fim de semana. Na quarta-feira (29), a Comissão Nacional de Clubes (CNC) aprovou retorno dos treinos e depende de um aval dos órgãos sanitários - as atividades estavam suspensas desde o dia 15 de março.
No Ceará, a Federação Cearense de Futebol (FCF) prepara uma reunião com a Secretária de Saúde (Sesa) para discutir o tema. Um decreto do governador Camilo Santana (PT) impede o funcionamento de estabelecimentos até o dia 5 de maio.