Mark Zuckerberg muda diretrizes da Meta e permite que usuários associem pautas LGBT a doenças mentais

A empresa disse que derrubou restrições pois esses "debates são considerados amplamente culturais e políticos". Serão permitidas "acusações de anormalidade mental relacionadas a gênero ou orientação sexual"

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(Atualizado às 06:53, em 09 de Janeiro de 2025)
Legenda: A empresa de Zuckerberg anunciou que está se “livrando de uma série de restrições sobre tópicos como imigração, gênero e identidade de gênero"
Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, empresa que engloba Facebook, Instagram, Threads, modificou as diretrizes de comunidade nesta quarta-feira (8) e agora será permitido que usuários façam postagens associando a comunidade LGBT a doenças mentais. A justificativa é que os "debates são considerados amplamente culturais e políticos". 

Conforme a empresa, serão permitidas "acusações de anormalidade mental relacionadas a gênero ou orientação sexual, especialmente quando discutidas no contexto de debates religiosos ou políticos [...]". 

Pessoas gays, bissexuais e trans, por exemplo, poderão ser associadas a transtornos mentais. 

"Nós permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, dado o discurso político e religioso sobre transgenerismo e homossexualidade", diz parte das novas orientações.

O direto de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, afirmou que a empresa está se “livrando de uma série de restrições sobre tópicos como imigração, gênero e identidade de gênero".

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Érika Hilton aciona a ONU

A deputada federal Érika Hilton (Psol) pediu que as Organizações da Nação Unidas (ONU) abrisse uma investigação sobre a novas diretrizes da Meta. 

"As mudanças de política por grandes corporações como a Meta continuam a colocar em risco as vidas de indivíduos LGBTQIA+", descreve um trecho do documento. 

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) também protocolou uma ação, mas direcionada ao Ministério Público Federal (MPF). "O estado brasileiro precisa dar respostas contundentes a essa situação! Inadmissível que isso ocorra quando temos leis que nos protegem!", disse a organização em publicação nas redes sociais. 

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