Uma mulher sedada foi estuprada em uma clínica particular de saúde mental em Camaragibe, no Grande Recife. O caso ocorreu na madrugada de 17 de novembro do ano passado, no Hospital Reluzir, onde a mulher de 30 anos estava internada para se tratar de uma crise de depressão. No entanto, o crime só veio à tona nesta semana. As informações são do g1.
Imagens de câmera de segurança registraram um vigilante, que trabalhava no local, colocando a mão por baixo do lençol da vítima.
A família da vítima afirmou que o homem foi indiciado por estupro no início deste mês, mas segue foragido sete meses depois do crime. Segundo a unidade de saúde, o segurança trabalhou no estabelecimento por dois meses e foi demitido após o crime.
"Encaminharam ela para uma ala masculina, porque houve uma admissão e a pessoa que entrou estava muito exaltada. Colocaram nessa outra ala para ela dormir. E o segurança cometeu o crime. Isso foi de uma quinta para sexta e ela ficou desesperada. Tinha tomado medicação, mas estava acordada quando aconteceu", afirmou a advogada Maria Eduarda Albuquerque, que representa a família da paciente.
Vigilante passa a mão em diferentes partes do corpo da vítima
Segundo a defesa, a vítima relatou que fechou os olhos e "queria que aquilo acabasse". Nas imagens, o vigilante é visto passando a mão em diferentes partes do corpo da mulher, que estava sozinha na sala, deitada em uma cama.
"Além de ter sido estuprada, ela ficou sozinha lá, pedindo pela família, sem conseguir dormir, com medo de esse homem voltar a qualquer momento. E só foi avisado isso na sexta-feira à noite, para dizer que fosse lá no sábado de manhã. É uma série de atrocidades nesse caso", disse Maria Eduarda Albuquerque.
Ao tomar conhecimento do crime, a família buscou a paciente e a levou para casa, mas o estado de saúde dela piorou e ela precisou ser internada novamente, dessa vez em outra clínica. Ainda segundo a advogada, os familiares registraram um boletim de ocorrência na Delegacia de Camaragibe.
"Ela está em outra clínica. Foi uma situação que a tirou do eixo completamente. Ela teve alguns acessos de estranhar o próprio corpo, de não querer viver (...). A mãe tirou [a paciente da unidade], passou um tempo com ela em casa, foi quando ela teve alguns acessos, inclusive tentando se matar. E foi necessária uma internação novamente", afirmou.
A Polícia Civil informou que o inquérito foi concluído, com o indiciamento do vigilante pelo crime de estupro, e encaminhado para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Em nota, o Hospital Reluzir afirmou que o homem foi demitido no mesmo dia do crime e repassou às autoridades policiais todos os endereços e telefones dele. Também colocou-se à disposição da Polícia Civil e da Justiça para que o caso seja solucionado.