Um adolescente de 13 anos matou a tiros a mãe e o irmão mais novo, de 7 anos, na casa da família em Patos, na Paraíba. O pai dele também foi atingido, mas foi socorrido a um hospital e sobreviveu. Veja o que se sabe até o momento sobre o caso.
Como o crime aconteceu e quando?
O crime aconteceu no último sábado (19), na casa onde a família morava, em Patos, no Sertão da Paraíba.
A mãe e a criança já foram encontradas mortas na residência. O pai do adolescente, um policial militar reformado, foi socorrido para o Hospital Regional de Patos.
Qual a motivação do crime e de quem era a arma usada?
Segundo a investigação, o crime foi motivado após uma discussão sobre notas baixas que o jovem estaria recebendo na escola. A arma de fogo usada pelo jovem pertence ao pai.
Segundo a polícia, o pai do adolescente havia saído para comprar um medicamento para a mãe, que dormia por estar com dor de dente. Antes de sair, o homem pegou o celular do filho como punição pelo desempenho escolar.
Como aconteceram as mortes?
Sem concordar com a situação, o menino pegou a arma de fogo do pai e efetuou o disparo contra a mãe enquanto ela dormia.
O irmão mais novo, assustado com o barulho, ao ver a situação, começou a brigar com o jovem, que correu atrás do menino de 7 anos para atirar nele também. Neste momento, o pai voltou.
"O pai chegou, tentou intervir, que ele soltasse a arma, e ele terminou efetuando um disparo contra o pai, que caiu na sala. O irmão, ao ver o pai caído, foi tentar socorrê-lo, o abraçou, foi quando ele (o adolescente) atirou no irmão pelas costas", relatou o delegado responsável pela investigação, Renato Leite.
O adolescente foi apreendido?
O adolescente foi apreendido e depois transferido para o Centro Especializado de Reabilitação de Sousa, no Sertão da Paraíba, segundo informações do G1.
Qual o estado de saúde do pai?
O pai do jovem continua internado e, segundo boletim médico desta terça-feira (22), tem quadro clínico regular, mas inspira cuidados porque apresenta um sangramento no pulmão. Ele está paraplégico.
Áudio enviado por engano
Delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo explicou que o próprio delegado do caso, Renato Leite, já admitiu que houve um erro da parte dele. Que, ao enviar algumas informações, enviou junto, por engano, o áudio com as declarações do menino. "Houve uma falha. O próprio delegado ficou surpreso e reconheceu o erro", informou Rabelo.
O delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba ponderou ainda que o erro não pode minimizar o rápido trabalho policial. "Foi um trabalho cauteloso muito bem-sucedido. Esse erro não pode macular o papel que o delegado Renato Leite desempenhou no caso".