Vereadora filha de Fernandinho Beira-Mar pode perder cargo após condenação em operação da PF
Fernanda Costa pode ter os direitos políticos suspensos
A cirurgiã-dentista Fernanda Izabel da Costa, filha de Fernandinho Beira-Mar, pode perder o mandato como vereadora na Câmara Municipal de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Ela, o pai e os cinco irmãos foram condenados pela Justiça de Rondônia por envolvimento com o crime organizado, conforme apontou a Operação Epístolas, da Polícia Federal, realizada em 2017. O processo ainda cabe recurso.
A jovem assumiu a cadeira na Casa legislativa em 2021, após o vereador Danilo do Mercado ser assassinado, na cidade da Baixada Fluminense. As informações são do portal G1.
Fernanda Costa foi condenada a 4 anos e 10 meses de reclusão em regime semiaberto, pelo Tribunal Regional Federal de Rondônia. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que serviu de base para a acusação, ela "visitava o pai para tratar de assuntos inerentes à prática de crimes. Os recados eram feitos com linguagem codificada para estabelecer comunicação com os integrantes do grupo criminoso e dificultar ações policiais e dificultar sua identificação."
A sentença ainda prevê que a jovem tenha os direitos políticos suspensos, o que pode acarretar a perda do mandato como vereadora de Duque de Caxias. Conforme a publicação, Fernanda Costa negou as acusações, mas a decisão judicial afirma que o MPF conseguiu provas da relação dela com o esquema montado por Beira-Mar, o que resultou na condenação.
Atualmente, Fernandinho Beira-Mar está preso em uma penitenciária de segurança máxima em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Na época da Operação Epístolas, da Polícia Federal, ele estava em uma instituição federal de Rondônia, de onde supostamente continuava a comandar uma organização criminosa no Rio de Janeiro com a ajuda de diversas pessoas, inclusive a dos seis filhos.
Ao todo, 35 indivíduos, entre eles o próprio Beira-Mar e diversos familiares dele, foram condenados pelo Tribunal Regional Federal de Rondônia por conta da ação policial. A condenação é em primeiro grau e cabe recurso.