Tripulação da British Airways mente sobre assalto no Rio para fugir de punição por noitada

As investigações apontam que os comissários de voo se expuseram em áreas conflagradas e vão responder por falsa comunicação de crime

Escrito por Redação ,
voo da British Airways
Legenda: Voo que o grupo iria operar, partindo do Aeroporto do Galeão com destino a Londres — foi atrasado em 24 horas por conta do assalto
Foto: Shutterstock

Os três comissários de voo da British Airways, que denunciaram um suposto assalto durante uma folga no Rio de Janeiro, em setembro, serão ouvidos pela polícia na Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) nos próximos dias, após indícios de que mentiram em depoimento. As informações são do portal Extra.

As investigações apontam que eles se expuseram em áreas conflagradas e vão responder por falsa comunicação de crime. À época, o voo que o grupo iria operar, partindo do Aeroporto do Galeão com destino a Londres — foi atrasado em 24 horas por conta do assalto.

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Conforme a publicação, Samantha Jo Naylor, de 39 anos, e Daniel Pickeiring, de 31, de fato foram furtados naquela noite, mas mentiram sobre como chegaram até a Zona Norte do Rio.

Já Grant Lawrence Wheatley, de 40 anos, que alegou em depoimento ter sofrido um "boa noite, Cinderela", na verdade, teria consumido álcool e drogas.

A British Airways informou que esse é "assunto para a polícia" e que a sua orientação na ocasião, em que o voo decolou um dia após o previsto: "A tripulação não deveria operar um voo no dia seguinte, conforme alegado".

Entenda o caso

De folga no Rio de Janeiro, os três comissários de voo foram para a Pedra do Sal, na Zona Portuária. Inicialmente, Samantha e Daniel alegaram ter sido enganados por um taxista e levados a um posto de combustíveis em Vaz Lobo. Eles disseram ter sofrido um primeiro assalto no local e, ao saírem de lá, terem sido roubados novamente. Durante as investigações, a polícia constatou que o local está desativado e é usado, no entanto, para o consumo de drogas.

A delegada Patrícia Alemany, que está à frente do caso, afirmou que a dupla foi para o bairro por livre e espontânea vontade e, ao deixar o posto de combustíveis rumo ao hotel, em um carro de aplicativo, foram abordados por um criminoso que obrigou o motorista a subir a comunidade do Faz Quem Quer, onde os turistas tiveram seus pertences roubados.

Grant, que alegou ter sofrido um "boa noite, Cinderela", na verdade, teria conhecido um homem durante a noite, com quem foi para o Complexo do Alemão, na Zona Norte.

O tripulante foi encontrado desacordado na rua, sem sinais de dopagem, segundo a socorrista que fez o atendimento, em depoimento à Deat. Um laudo aponta que a aparência de Grant era a de quem consumiu álcool e cocaína.

O caso foi registrado inicialmente na 27ª DP (Vicente de Carvalho), na Zona Norte da cidade, e, depois, encaminhado para a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat)

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