Suspeito de matar Dom e Bruno revela ter esquartejado e incinerado corpos, diz TV

Restos mortais encontrados na área de buscas pelo jornalista e pelo indigenista passarão por perícia em Brasília

Escrito por Redação , pais@svm.com.br
Dom Phillips e Bruno Pereira
Legenda: Restos mortais encontrados na área de buscas pelo jornalista e pelo indigenista passarão por perícia
Foto: Carl de Souza/AFP

Um dos suspeitos de matar o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista brasileiro Bruno Pereira, Oseney da Costa de Oliveira, 41, confessou ter assassinado e esquartejado a dupla. As informações são da emissora Band News.

Oseney é o segundo preso por suspeita de envolvimento no crime, e assumiu à Polícia Federal (PF) que Dom e Bruno foram executados, esquartejados, incinerados e tiveram os restos mortais jogados em uma vala no Amazonas, segundo apurou a TV.

Já segundo a rede CNN Brasil, fontes da PF revelaram, ainda, que Amarildo da Costa de Oliveira, primeiro suspeito detido, também confessou participação na morte do jornalista e do indigenista, confirmando relação com as denúncias deles sobre pesca ilegal na região.

Os restos mortais encontrados na área de buscas por Dom e Bruno devem chegar a Brasília na noite desta quinta-feira (16), onde passarão por perícia para confirmar a identidade das vítimas, segundo informou o g1.

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Entenda o caso

Bruno Pereira e Dom Phillips estão desaparecidos desde o último dia 5 de junho, quando faziam o trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Vale do Javari, Amazônia.

A viagem costuma durar apenas 2 horas, mas eles nunca chegaram. Após horas sem contato, uma equipe da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja) formada por indígenas conhecedores da região que trabalhavam com Bruno partiu em busca dos dois, mas sem sucesso.

A Univaja e o Observatório de Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (OPI) disseram, em nota, que os homens "receberam ameaças em campo na semana em que desapareceram".

Os grupos não forneceram mais detalhes, mas Bruno Pereira, especialista da Fundação Nacional do Índio (Funai), com profundo conhecimento da região, recebia regularmente ameaças de madeireiros e garimpeiros que tentam invadir ilegalmente as terras das comunidades indígenas.