Rio mantém Sapucaí, mas já descarta blocos de rua
Os desfiles seguem previstos, mas passíveis de serem cancelados caso as autoridades sanitárias recomendem isso
O Governo do Estado do Rio de Janeiro confirmou neste sábado (8) que o carnaval na Sapucaí está mantido. A tendência, porém, é de que o carnaval de blocos de rua seja suspenso em todo o Estado, já que, neste caso, não há como fazer um controle sanitário, com adoção de protocolos - sejam de testagem ou de exigência de esquema vacinal completo.
Mais cedo, o colunista de 'O Globo' Ancelmo Gois afirmou que, apesar da manutenção oficial, a Sapucaí está praticamente descartada.
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Na sexta-feira (7), o governo do Rio já tinha recomendado o cancelamento dos tradicionais blocos em todo o Estado, em função do aumento de casos de covid-19. Os desfiles de rua no município do Rio já haviam sido cancelados pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), na quarta-feira (5). Vários outros municípios do Estado, como Niterói e Maricá, também descartaram o carnaval de rua em 2022.
"Não é possível decidir sobre um evento que irá acontecer daqui a dois meses à luz do cenário epidemiológico momentâneo. Novas reuniões deverão acontecer para embasar a decisão da Secretaria de Estado de Saúde (SES)", afirmou, em nota, o governo.
Ainda na sexta-feira, em reunião com o Grupo Técnico de Assessoramento a Eventos de Saúde Pública, técnicos da secretaria debateram o cenário epidemiológico da covid-19 no estado e as possibilidades de se estabelecer protocolos sanitários em eventos fechados.
A ata da reunião com o conselho consultivo está sendo elaborada e será encaminhada ao secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, para auxiliar na tomada de decisão junto à vigilância estadual.
Algumas cidades em que os desfiles são tradicionais, como Salvador, já anunciaram o cancelamento das exibições para o próximo carnaval por conta da pandemia de covid-19.
No Rio, por enquanto, os desfiles seguem previstos, mas passíveis de serem cancelados caso as autoridades sanitárias recomendem isso. Dois grandes blocos cariocas (o Bloco da Preta, criado por Preta Gil, e a Banda de Ipanema) já decidiram não desfilar.