Polícia apreende celulares e computadores dos pais e do padrasto de Henry Borel

Os mandados foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro

Escrito por Redação ,
Henry sorrindo para a câmera
Legenda: Henry Borel, de 4 anos, morreu em 8 de março, no Rio de Janeiro
Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu quatro mandados de busca e apreensão para investigar a morte de Henry Borel, de 4 anos, morto no último dia 8. A operação ocorreu na manhã desta sexta-feira (26) em endereços de parentes da mãe da criança, do pai e do padrasto, o vereador Jairo Souza, o Dr. Jairinho (Solidariedade).

A Polícia apreendeu celulares e computadores.

A Justiça também determinou a quebra do sigilo telefônico de todos os alvos para esclarecer o caso. Os mandados foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri do Rio. As informações são do G1.

O menino morreu no dia 8 de março, no bairro Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

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Segundo relato do pai, o engenheiro Leniel Borel, a criança teria sido encontrada desacordada no próprio quarto após a mãe e o padastro ouvirem um barulho, 

Henry foi levado ao hospital após ser achado pela mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, e pelo namorado dela, o Dr. Jairinho. O menino chegou à unidade de saúde sem vida, com hemorragia e edemas. 

Onde a polícia cumpriu o mandado nesta sexta:  

  1. Casa do vereador padrasto de Henry (Dr. Jairinho), na Barra da Tijuca;
  2. Casa do pai do Dr. Jairinho, o ex-deputado estadual Coronel Jairo, em Bangu, onde o vereador se encontrava;
  3. Casa da família da mãe de Henry, Monique Medeiros, em Bangu, onde ela estava;
  4. Casa do pai de Henry, Leniel Borel, no bairro Recreio.

Versões controversas 

Nesta quarta-feira (24), a Polícia Civil do Rio ouviu a faxineira Rosângela, que esteve no apartamento da família do menino Henry Borel. Ela contou uma versão diferente do depoimento prestado pela mãe do garoto.

A faxineira declarou, no depoimento, que teria sido avisada sobre a morte de Henry no dia que foi trabalhar. A mãe do menino disse em depoimento na 16ª DP, na Barra da Tijuca, que não contou à empregada o que aconteceu e, na hora do almoço, falou para ela tirar o dia de folga.

A avó materna do menino também foi ouvida pelos investigadores nesta quarta.

Causa do óbito

Segundo o laudo hospitalar, a criança apresentava as seguintes condições: 

  • múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores;
  • infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral e posterior da cabeça;
  • edemas no encéfalo;
  • grande quantidade de sangue no abdome;
  • contusão no rim à direita;
  • trauma com contusão pulmonar;
  • laceração hepática (no fígado);
  • hemorragia retroperitoneal.

O documento informa ainda que a causa da morte foi hemorragia interna, laceração hepática causada por uma ação violenta.

Como foi o dia da morte de Henry 

Henry passou o fim de semana com o pai e, na noite anterior à morte, no dia 7, foi deixado na casa da mãe.

No imóvel, localizado no bairro Barra da Tijuca, estavam Monique e o namorado, Jairo Souza. 

O que disse a mãe de Henry

Conforme o depoimento prestado pelo pai de Henry na delegacia, a mãe da criança teria ligado para ele por volta das 4h30 e comunicado o suposto acidente. Segundo Leniel, Monique teria dito que encontrou o filho com os olhos revirados e com dificuldade de respirar e teria o levado ao hospital. 

Chegando à unidade de saúde, Leniel conta que encontrou Monique na companhia de Dr.Jairinho. Ela contou que ouviu um barulho estranho enquanto a criança estava dormindo e, quando eles foram checar o que acontecera, encontram a criança desacordada. As informações são do jornal O Globo

"O que poderia acontecer com uma criança dormindo de acidente doméstico? Só queria entender. Ele era tudo para mim. Eu daria tudo que eu tenho hoje para ter só mais um dia com meu filho", disse Leniel à TV Globo. 

Monique e Dr. Jairinho passaram 12 horas depondo em salas separadas na 16ª DP e deixaram a delegacia às 2h30 da quinta-feira (18), sem falar com a imprensa.

Ao Extra, Dr. Jairinho enviou uma nota dizendo "estar triste", "sem chão" e "suportando a dor graças ao apoio da família e dos amigos".

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