Plano para libertar Marcola é identificado pelo Governo Federal; transferência de preso é mudada
Novo modelo foi implementado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais
Após o Governo Federal identificar um possível plano de tentativa para libertar Marcola, líder de facção criminosa de origem paulista, o protocolo de transferência dos presos de alta periculosidade do sistema federal foi modificado. O novo modelo de autorização para movimentação dos detentos foi implementado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A portaria, assinada pelo secretário Rafael Velasco Brandani, detalha ser necessário apresentar um relatório de análise de risco elaborado pela Inteligência do Sistema Penitenciário Federal para as novas transferências serem autorizadas. O documento teria caráter sigiloso. As informações são da Folha de S.Paulo.
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Além disso, a autorização precisa ser assinado por, no mínimo, três autoridades da Senappen, designadas de modo aleatório, mas individualizada para preservar a identidade.
"São considerados presos de altíssima periculosidade aqueles com alta probabilidade de evasão mediante resgate ou com indícios de envolvimento em atos preparatórios de ações hostis contra servidores públicos, altas autoridades e a segurança da população".
Marcola está na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Brasília desde janeiro, depois do ministro da Justiça, Flávio Dino, apontar outro plano de fuga. Anteriormente, ele estava no presídio federal em Porto Velho (RO).
Transferência de Marcola
A inteligência do sistema prisional alertou sobre plano de sequestrar e matar policiais penais como forma de negociar a libertação de Marcola. A descoberta foi feita antes da decisão de transferência do detento ser tomada, resultando na impossibilidade de movimentação nos próximos dias.
Foi apontado que não há necessidade de mudança, pois o presídio federal de Brasília é o mais seguro do país. As regras ficaram mais rigorosas para a saída do Marcola.
Em setembro, a mulher de Marcola disse que a penitenciária estava fornecendo comida estragada aos preses, e que isso configurava um "método de tortura".