Para tentar achar helicóptero desaparecido em Ilhabela, Polícia usa última localização de celulares
As buscas coordenadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) chegam ao nono dia nesta terça-feira (9)
A Polícia Civil de São Paulo utiliza dados da localização dos celulares das quatro pessoas que estavam a bordo do helicóptero desaparecido em Ilhabela para tentar localizar a aeronave. As buscas coordenadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) chegam ao nono dia nesta terça-feira (9).
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo disse que, após autorização judicial, agentes da Unidade de Inteligência do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) tiveram acesso à localização de antenas (ERBs) dos celulares do piloto e dos passageiros.
"A Polícia Civil esclarece que não foi realizada a interceptação telefônica de áudio, dados telemáticos, ou mensagens de texto dos ocupantes do helicóptero desaparecido", diz a SSP. "Em relação aos outros três aparelhos dos demais passageiros, não foram localizados sinais de atividade, o que indica que estejam desligados", acrescenta.
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Mau tempo
Na tarde do dia 31 de dezembro, o helicóptero deixou o aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, em direção a Ilhabela, no litoral norte. Com mau tempo na região, o piloto relatou dificuldade para concluir o voo e chegou a fazer um pouso de emergência antes de sumir do radar.
No domingo (7), familiares das passageiras Luciana Rodzewics e Leticia Rodzewics criticam a decisão do piloto de retomar o voo após pouso de emergência. À CNN, Neusa Rodzewics, avó da jovem, disse que a neta enviou um vídeo ao namorado quando fez a parada forçada e o homem insistiu para ela não retornar ao voo.
Por que o piloto não ficou lá e não pediu ajuda? Por que ele tinha que sair dali? Por que ele quis voar se não tinha combustível? Ele tinha que ter ficado lá e ter esperado socorro, já teria resolvido tudo isso.”
O piloto Cassiano Tete Teodoro conduzia o helicóptero quando ele desapareceu no dia 31 de dezembro. O profissional já foi alvo de uma investigação por voos irregulares e uma cassação por dois anos (2021-2023) da licença para voar.
Conforme a CNN, o profissional não tinha permissão para realizar voos comerciais de passageiros. Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) declarou que "o helicóptero se encontra em situação normal de aeronavegabilidade, conforme registro em anexo, sem permissão para realização de serviço de táxi-aéreo."