Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, é atendida em hospital penitenciário com infecção urinária
Monique está presa deste quinta-feira (8), suspeita de envolvimento na morte do filho de quatro anos
A mãe de Henry Borel, Monique Medeiros, foi internada em um hospital penitenciário na madrugada desta segunda-feira (12) após apresentar quadro de infecção urinária. As informações são do portal G1.
Ela e o namorado, o vereador do Rio de Janeiro Dr. Jairinho, foram presos na quinta-feira (8), sob suspeita de homicídio qualificado de Henry. Monique está detida no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Conforme a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, Monique sentiu dores abdominais após urinar, solicitou antedimento médico e foi levada ao Hospital Penal Hamilton Agostinho, dentro do complexo penitenciário.
Ela deve seguir internada por pelo menos três dias, para receber a medicação necessária e ter acompanhamento médico. Monique chegou à prisão sob ameaças de morte e não foi bem aceita pelas outras detentas.
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Ao entrar na unidade, ela ouviu gritos de "vai morrer". A suspeita está em uma cela isolada, procedimento padrão para recém ingressas em decorrência da Covid-19. Monique ainda pode ficar mais tempo em cela separada, para evitar que seja agredida por outras detentas.
Dr. Jairinho também já precisou de atendimento, em sua primeira noite na cadeia. O vereador foi encaminhado durante o dia a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada no complexo penitenciário.
Caso Henry
Henry Borel morreu na madrugada de 8 de março, no apartamento em que vivia com Monique e Dr. Jairinho, na Barra da Tijuca. Segundo as investigações, Henry era agredido pelo vereador com bandas, chutes e pancadas na cabeça. Monique tinha conhecimento da violência desde o dia 12 de fevereiro, pelo menos.
Henry foi levado pela mãe e pelo padrasto ao hospital Barra D'Or na madrugada de 8 de março e já chegou à unidade sem vida.
Os investigadores do 16° Distrito Policial concluíram que Henry foi assassinado com emprego de tortura e sem chance de defesa. O menino teve 23 lesões por ação violenta, conforme apontou a reconstituição da morte.
A versão utilizada por Jairinho e Monique, de um acidente, foi desacreditada pelo laudo médico feito após duas autópsias do corpo da criança e pelo laudo da reconstituição. A perícia descreve múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores, além de laceração hepática.
Dr. Jairinho é apontado pela investigação como o autor das agressões que resultaram na morte do menino. Monique, que já sabia das rotinas de agressões, pode ser responsabilizada pela omissão.