Ministério Público denuncia advogada que matou ex-sogro e a mãe dele por envenenamento

A denunciada comprou guloseimas em uma doceria e ocultou substância tóxica nelas

Escrito por Redação ,
Amanda Partata Mortoza
Legenda: A advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, é acusada de envenenar o ex-sogro e a mãe dele
Foto: Divulgação/Polícia Civil

A advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, foi denunciada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por homicídio triplamente qualificado nesta quarta-feira (17). Ela é acusada de matar, por envenenamento, o ex-sogro, Leonardo Pereira Alves, 58, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86 anos.

Segundo a denúncia, oferecida pelo promotor de Justiça Spiridon Anyfantis, a advogada alegou rejeição por parte do ex-namorado, Leonardo Pereira Alves Filho, e familiares. Ela afirmava estar grávida, por isso ainda era próxima da família do ex-namorado.

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A mulher também foi denunciada por tentativa de homicídio de Agostinho Alberto Alves e João Alves Pereira, tio e avô de Leonardo Filho, respectivamente. Ela está presa desde o dia 20 de dezembro e o Ministério Público se posicionou favorável à conversão da prisão temporária da advogada em prisão preventiva.

Crimes cometidos

O MPGO denunciou Amanda pelos seguintes crimes:

  • Dois homicídios triplamente qualificados: com o emprego de meio insidioso (veneno), por motivo torpe (forma de vingança contra o ex-namorado) e também cometidos mediante dissimulação (por ter ocultado o veneno na comida);
  • Tentativas de homicídio contra outras duas pessoas.

Entenda o caso

Amanda adquiriu uma substância tóxica através da internet, que foi entregue em sua residência no dia 8 de dezembro, em Itumbiara, no Sul de Goiás. Durante as investigações, foi descoberto que Amanda pesquisou em seu celular as consequências mortais da substância em caso de consumo humano.

Também no dia 8, ela enviou uma mensagem a Leonardo Filho perguntando se o maior dele era morrer ou perder alguém da família. Ele respondeu que seria perder algum parente. No dia 16, ela solicitou que o produto fosse levado até ela no hotel onde estava hospedada, em Goiânia, por meio de um aplicativo de entrega.

No dia seguinte, a denunciada comprou cinco bolos de pote e quatro bolos gelados em uma doceria e os envenenou com a substância adquirida. Ela foi até a casa das vítimas e ofereceu os alimentos. Leonardo e Tereza comeram os doces. A advogada também ofereceu as comidas para Agostinhos e João Alves, mas eles recusaram.

Segundo a denúncia do MPGO, Amanda permaneceu no local até o momento em que as vítimas começaram a passar mal e depois pegou uma carona para Itumbiara. Leonardo e Tereza foram levados ao hospital, onde foram internados, mas não resistiram.

Durante as investigações policiais, as comidas passaram por perícia e foi identificado o veneno no bolo de pote.

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