Mãe de professora carbonizada diz que erro da filha 'era achar que todo mundo era bom'
A morte da docente teria sido arquitetada e executada pela adolescente de 14 anos com quem ela se relacionou, e a mãe da garota
A mãe da professora Vitória Romana Graça, que foi encontrada carbonizada na zona oeste do Rio de Janeiro, falou que a filha errou em "achar que todo mundo era bom": "Minha filha tinha 26 anos, era uma pessoa muito boa para a gente e para todo mundo. Ela era cristã e uma menina do bem, que estudou".
Dona Maria Zélia, de 66 anos, ainda falou ao Globo que sempre foi contra o relacionamento da filha com a adolescente de 14 anos, que é uma suspeita na morte da professora. A menina é apontada por envolvimento no sequestro e homicídio junto a sua mãe, Paula Custódia Vasconcelos, 33.
A mãe de Vitória contou que o último contato com a filha foi às 5h do dia em que foi morta, quando a vítima afirmou — com voz de choro — que tinha sido sequestrada e não sabia informar a localização, mas que precisava que a mãe pagasse R$ 2 mil para quem a raptou.
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A professora morava no bairro Campo Grande com o pai e a mãe. Ela nasceu em Irecê, no interior da Bahia, mas foi adotada e foi para o Rio de Janeiro com a nova família.
Vitória dava aulas na Escola Municipal Oscar Thompson, em Santíssimo, há quatro meses. Ela também era professora de reforço escolar para crianças vizinhas.
Corpo na casa das suspeitas
O corpo de Vitória foi descoberto na casa da adolescente e da mãe na comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará na última sexta-feira (11). Ela desapareceu na quinta-feira (10).
Segundo a Polícia, a vítima e a garota investigada pelo suposto ato infracional haviam mantido um relacionamento por cerca de quatro meses, que chegou ao fim devido à idade da menina.
A educadora, inclusive, teria auxiliado a família da jovem com a doação de cestas básicas. O descontentamento com o afastamento teria motivado o crime, conforme as investigações.
Policiais civis prenderam em flagrante a mãe e apreenderam a menina de 14 anos pelo sequestro e assassinato da professora ainda na última sexta.
Vitória e a adolescente se conheceram pelo Instagram e, após o rompimento, a professora teria bloqueado a garota nas redes sociais.
Queimada ainda viva
Laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a vítima ainda estava com vida quando teve o seu corpo queimado e morreu por aspiração de fuligem.
Ferragens e tecidos encontrados no local do crime levam a polícia a acreditar que a vítima estava numa mala quando os criminosos atearam fogo.