Mãe de professora carbonizada acredita que filha se mudou para proteger a família

A professora Vitória Graça Romana foi encontrada carbonizada no dia 11 de agosto, no Rio de Janeiro

Escrito por Redação ,
Vitória Romana Graça
Legenda: Vitória Romana Graça, de 26 anos, foi morta carbonizada no Rio de Janeiro
Foto: Reprodução Redes Sociais

A mãe da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, encontrada carbonizada no dia 11 de agosto, no Rio de Janeiro, acredita que a filha morreu tentando proteger a família. Para Maria Zélia, de 66 anos, os suspeitos de participação no sequestro e assassinato da filha teriam usado ameaças a ela e a seu marido, pais da vítima, para chantageá-la. Vitória saiu da casa dos pais há duas semanas, repentinamente. As informações são do jornal O Globo. 

Segundo Maria, a vítima já estava sendo ameaçada e tinha medo de que os criminosos fizessem algo com sua família. “A Vitória se mudou tão rápido e sem nenhum motivo. E ela nem estava morando naquela casa direito, havia acabado de levar as coisas, foi uma atitude estranha. Na minha cabeça, ela já estava sendo ameaçada há algum tempo e resolveu sair de casa para proteger a gente”, afirma. 

Segundo as investigações, o crime foi motivado por interesse financeiro de Paula Custódio Vasconcelos, mãe da adolescente de 14 anos, com quem Vitória teve um relacionamento de quatro meses. Durante esse período, a professora auxiliava a família de Paula com cestas básicas e itens para a casa.

Veja também

Corpo carbonizado

No dia 11 de agosto, data do desaparecimento de Vitória, a mãe da adolescente esteve na Escola Municipal Oscar Thompson, em Santíssimo, ao lado de seu irmão, Edson Alves Viana Junior, para convencer Vitória a ir à sua casa mais tarde naquele dia. Os dois estiveram na unidade por volta das 14h30 e permaneceram com a vítima por cerca de 30 minutos.

Edson e Paula voltaram para a casa da mãe da adolescente, na comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará, onde aguardam a chegada da professora ao fim do trabalho. Quando Vitória chegou à residência, ela foi imediatamente imobilizada pelos irmãos e pela jovem com quem teve um relacionamento. 

Após o corpo da vítima ter sido encontrado, a Polícia prendeu Edson que confessou o crime. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a professora ainda estava com vida quando teve o seu corpo queimado e morreu por aspiração de fuligem. 

Em depoimento, Edson disse que Vitória foi imobilizada com fitas em uma cadeira. Então, os suspeitos fizeram transferências bancárias da conta dela. 

Após ser enforcada, o trio ainda jogou álcool nos olhos da vítima para se certificar de que ela estava morta. Os suspeitos foram até a casa da professora, onde roubaram diversos itens, como maquiagens em um botijão de gás. 

Indiciados e presos

O delegado Vilson de Almeida, da 35ª DP, em Campo Grande, indiciou os três suspeitos envolvidos no caso. 

"Estão todos presos e indiciados por extorsão mediante sequestro com resultado morte", disse Vilson de Almeida. Também segundo ele, as últimas dúvidas para concluir o inquérito foram sanadas em um segundo depoimento de Edson Viana.