Mãe de bebê desaparecido em Santa Catarina é investigada pela Polícia de São Paulo

Encontrados com a criança, Marcelo Valverde e Roberta Porfírio seguem presos

Escrito por Redação ,
Foto de bebê conforto usado para levar criança de dois anos desaparecida em Santa Catarina
Legenda: A criança foi encontrada em um carro junto de Marcelo Valverde e Roberta Porfírio, presos por suspeita de participação no caso
Foto: reprodução/TV Globo

A mãe do bebê de dois anos desaparecido em Santa Catarina e encontrado em São Paulo é uma das investigadas do caso pela Polícia Civil paulista. Segundo o portal g1, a informação está no boletim de ocorrência registrado na última segunda-feira (8).

Marcelo Valverde e Roberta Porfírio foram presos após serem encontrados com a criança em um carro, na Zona Leste de São Paulo. Os dois foram presos suspeitos de tráfico de pessoas e serão investigados pelo caso. 

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A mãe do bebê prestou depoimento à Polícia há alguns dias, quando afirmou que entregou a criança de forma espontânea. Segundo ela, ameaças não teriam sido feitas nem vantagens foram oferecidas em troca do menino.

Entretanto, uma das linhas de investigação da Polícia acredita que a situação de vulnerabilidade da mulher tenha sido utilizada para aproveitamento da situação. No inquérito, as apurações apontam que ela relatou situação de violência doméstica e teria sido hospitalizada após entregar o filho.

A investigação aponta que Marcelo e a esposa, chamada Juliana, teriam aliciado a mãe a entregar o bebê sem seguir o procedimento correto de adoção brasileiro. Roberta, então, ficaria com o menino, enquanto Marcelo é apontado como o intermediador da entrega. 

Além disso, o carro utilizado pelos dois para levar a criança transitou por Santa Catarina com a placa adulterada. Marcelo e Roberta teriam utilizado o veículo para ir a São José, cidade do estado, visando buscar o menino. 

Grupo nas redes

Informações da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCami) de São José apontam que a mãe e o homem preso teriam se conhecido em um grupo de gravidez nas redes sociais. Os primeiros contatos teriam ocorrido quando ela descobriu a gestação. 

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"Ela foi convencida [a entregar a criança] por conta da fragilidade. Ela é muito jovem, ficou grávida com 19, 20 anos. Não tem um emprego. Ela tem alguns cursos, mas essa fragilidade emocional e psicológica dela dificulta a inserção no mercado de trabalho", disse a delegada Sandra Mara, uma das responsáveis pelo caso, ao portal g1

Agora, o bebê encontrado em São Paulo foi encaminhado para um abrigo. O retorno para Santa Catarina só deve ser definido conforme uma decisão da Justiça paulista. Enquanto isso, o Ministério Público de Santa Catarina ingressou com ação para que a criança seja transferida para São José, na Grande Florianópolis, onde reside.

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