Justiça decreta prisão preventiva de pastor em morte de mulher trans em motel em SP

O pastor está detido em uma unidade carcerária destinada a investigados por crimes sexuais

Escrito por Redação ,
Luane Costa da Silva era uma mulher trans de 27 anos
Legenda: O pastor revelou ter entrado em luta corporal com a com Luane Costa da Silva
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Justiça converteu em preventiva a prisão de um pastor e engenheiro, de 45 anos, que estava detido temporariamente por suspeita de envolvimento na morte de uma mulher trans, de 27 anos. O corpo de Luane Costa da Silva foi encontrado em um quarto de motel em Santos, no litoral de São Paulo, após os dois passarem 30 minutos no local. 

Em depoimento a Polícia Civil, o homem revelou ter entrado em luta corporal com Luane.

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Luane foi encontrada morta em um motel na Avenida Rangel Pestana, na Vila Mathias. O corpo foi encaminhado a uma unidade do Instituto Médico Legal (IML) na região. Segundo a Polícia Civil, a causa da morte será esclarecida por meio do laudo necroscópico.

Prisão convertida

Conforme o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o juiz que avaliou o caso em audiência de custódia entendeu estarem presentes no caso os requisitos para a prisão preventiva. 

O pastor está preso em uma unidade carcerária destinada a investigados por crimes sexuais. Em seu depoimento, ele negou o crime e disse que reagiu a uma tentativa de agressão, mas a atitude não causou a morte da vítima. 

Imagens capturadas pela câmera de segurança do motel mostram quando o homem chega de carro no motel acompanhado de Luane, que estava no banco do passageiro. Meia hora depois, o pastor saiu sozinho e depois entrou a chave do quarto à recepcionista. Pouco tempo depois a mulher foi encontrada morta no quarto. O homem foi detido quando retornou para o motel para resgatar seu celular que havia esquecido no quarto. 

Versão do pastor

Em depoimento à Polícia Civil, o pastor disse que passava de carro pela avenida Senador Feijó, quando uma mulher se aproximou e ofereceu um programa sexual por R$ 100. De acordo com o relato, somente ao chegar no motel ele percebeu que se tratava de uma mulher trans e recusou o programa, mas a mulher se ofendeu e o teria extorquido, pedindo que fizesse um Pix no dobro do valor.

Ele disse que atendeu a exigência da mulher “por ser homem de família” e temer “um escândalo”, pois, além de pastor, era casado e pai de três filhos.

Ainda segundo o homem, Luane passou a exigir mais dinheiro e o teria ameaçado com uma arma de choque. Foi quando o pastor teria entrado em luta corporal, caindo sobre ela. Quando percebeu que a mulher teria desmaiado, o pastor fugiu do local, levando a arma de choque, que teria jogado em um dos canais da cidade.

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