Governo Federal reduz verba de tratamento da aids; entenda
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, R$ 407 milhões foram perdidos nessa área
O programa do Ministério da Saúde que distribui medicamentos para tratamento de aids, infecções sexualmente transmissíveis e hepatites virais está entre os atingidos pelo corte de verbas promovido pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para reservar dinheiro ao orçamento secreto em 2023.
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, foram perdidos R$ 407 milhões nessa área, se comparados os orçamentos propostos para 2022 e o ano que vem. Ao todo, 12 programas teriam tido recursos afetados, somando uma quantia de R$ 3,3 bilhões.
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O impacto, segundo documento do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e da associação filantrópica Umane, difere nos vários programas.
No custeio de bolsas para residentes em medicina "Pró-Residência Médica e em Área Multiprofissional", por exemplo, o impacto foi de R$ 922 milhões.
Cortes na Saúde
O governo promoveu um corte linear de 60% nas despesas da Saúde, justamente após não vetar um dispositivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que obrigava a reserva de R$ 19,4 bilhões a emendas do orçamento secreto.
O programa direcionado ao tratamento de doenças sexualmente transmissíveis faz parte da assistência farmacêutica no SUS.
Conforme Boletim Epidemiológico Especial HIV/Aids de 2021, do Governo Federal, o Brasil registrou 13.501 casos da doença no ano passado. Em 2020, 10.417 pessoas morreram da doença e o número total de vítimas desde 1980 chegou a 291.695.