Doleira Nelma Kodama é presa durante operação contra o tráfico de drogas

Segundo a PF, ela agia como doleira do tráfico entre Portugal e Brasil

Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo ,
nelma kodama durante depoimento
Legenda: Nelma Kodama foi presa em São Paulo, em março de 2014, na primeira fase da extinta Operação Lava Jato
Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) informou que a doleira Nelma Kodama foi presa em Lisboa nesta terça-feira (19), durante operação contra tráfico de drogas entre Brasil e Portugal.

Em março de 2014, Nelma foi presa em São Paulo na primeira fase da extinta Operação Lava Jato quando tentava embarcar para Milão, na Itália, com 200 mil euros escondidos na calcinha.

Segundo a PF, ela agia como doleira do tráfico entre Portugal e Brasil. O advogado de Kodama, Adib Abdouni, informou que vai entrar um pedido de relaxamento da prisão.

'Dama do Mercado'

Em 2019, Nelma Kodama, conhecida como a 'Dama do Mercado', voltou aos holofotes após publicar uma foto no Instagram com vestido vermelho, sapato Chanel e a tornozeleira eletrônica. Outra aparição emblemática da doleira se deu durante um depoimento à CPI da Petrobras em 2015, em que cantou trecho de "Amada Amante", música de Roberto Carlos, para explicar como era sua relação com o doleiro Alberto Youssef.

Ela teve extinta sua pena de 15 anos de prisão decretada na Lava Jato graças ao indulto natalino concedido no fim de 2017 pelo então presidente Michel Temer.

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Operação 'Descobrimento'

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça, a operação ‘Descobrimento’ para desarticular suposta organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína entre Brasil e Portugal. A apuração teve início após agentes apreenderem mais de 500 quilos da droga escondidos na fuselagem de um jato português que pousou na Bahia.

Os agentes da operação cumpriram 46 ordens de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva nos dois países.

No Brasil, as diligências foram realizadas nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco. Já em Portugal, a polícia vasculhou três endereços e executou duas ordens de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.

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