Capela é vandalizada com pichações de terraplanismo e tem imagens de santos destruídas em SP
Templo religioso já foi alvo de vandalismo em outros momentos
A Capela de Nossa Senhora da Piedade, localizada na zona rural de Araras, em São Paulo, foi vandalizada no último fim de semana. A "igrejinha", como é chamada na região, teve imagens santas retiradas dos nichos e jogadas ao chão e paredes pichadas.
De acordo com o g1, nas paredes internas da capela, que pertence ao território da Paróquia São Benedito, o criminoso deixou pichações alegando que "a terra é plana" — teoria da conspiração desmentida por especialistas.
"Estas estátuas não tiveram poder algum para me impedir de entrar aqui, de movê-las de lugar e de escrever nestas paredes. Teriam elas algum poder para ouvir orações ou livrar do mal aqueles que clamam a elas? Hahahahahaha", escreveu o vândalo na parede do altar. Não se sabe ainda se a diocese registrou o crime em boletim de ocorrência.
Outros crimes
Em 2006, segundo o g1, a "igrejinha" também foi alvo de ataques. Criminosos invadiram o local e furtaram o sino da capela centenária. O objeto foi encontrado em um antiquário de Campinas e recuperado.
Dez anos depois, criminosos voltaram à capela e furtaram novamente o sino.
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Diocese se manifesta
A Diocese de Limeira divulgou uma nota, nesta terça-feira (2), repudiando o ato de intolerância religiosa cometido.
"A capela foi invadida e teve imagens retiradas de seus nichos e pichações nas paredes com dizeres que demonstram o desrespeito religioso. Em tempos de um comportamento social agressivo, onde destaca-se a violência, o preconceito e a intolerância ao próximo, devemos ressaltar a Carta Magna de 1988, principalmente no tocante da prática da tolerância religiosa e da cultura de paz, respeitando a dignidade e a liberdade de consciência da religião", disse a entidade.
"Que a bandeira da paz, do respeito às manifestações religiosas e do amor ao próximo seja a bandeira a ser empunhada por todos nós", concluiu a nota, assinada pelo bispo diocesano de Limeira, dom José Roberto Fortes Palau.