Brasileira presa na Indonésia com drogas é condenada à prisão e defesa considera pena 'milagre'

Em casos semelhantes, as condenações costumam ser prisão perpétua e até morte

Escrito por Redação ,
Brasileira presa na Indonésia entre autoridades locais
Legenda: A brasileira foi presa no aeroporto de Bali em janeiro deste ano e indiciada por tráfico de drogas
Foto: Arquivo de Relações Públicas da Polícia de Bali

Manuela Vitória de Araújo Farias, 19, brasileira que foi presa em janeiro após ser flagrada no aeroporto de Bali, na Indonésia, com quase 3,9 quilos de cocaína, foi julgada nesta quinta-feira (8) e condenada a 11 anos de prisão, além do pagamento de um bilhão de rúpias indonésias, o equivalente a cerca de R$ 300 mil.

Segundo o g1, que deu a informação, o resultado foi considerado como um "milagre" pela defesa da brasileira, uma vez que casos do tipo costumam acarretar em prisão perpétua ou até a morte.

Com a condenação, Manuela seguirá em regime fechado na Indonésia, de acordo com o advogado Davi Lira da Silva, que acompanha a família no Brasil. O jurista informou ainda que não há a possibilidade de a brasileira cumprir pena no país de origem, mas que, futuramente, poderá haver a progressão do regime.

"Onze anos de prisão, que acredito que pode ser cumprido de seis a sete. A defesa se sente feliz. O termo usado por mim e pelos outros defensores é milagre", contou Lira ao g1.

Veja também

Relembre caso 

O julgamento de Manuela na Indonésia teve início em abril, dois meses após ela ser indiciada por tráfico. 

Segundo o advogado de defesa, a brasileira foi usada como "mula" para levar droga ao país, enganada por uma suposta organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu a ela férias e aulas de surfe. No Brasil, ela atuava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries.

Manuela chegou à Indonésia em um voo da Qatar Airlines e duas malas. Em uma delas, havia dois pacotes e coicaína, um com 990 gramas e o outro com 637 gramas. Já a segunda mala continha três pacotes do entorpecente (891g, 711g e 379g). A jovem ainda portava psicotrópicos.

A brasileira afirmou que não sabia o que levava e para onde deveria ir ao chegar em Bali. Ela foi enquadrada na lei de combate ao tráfico de entorpecentes. 

Assuntos Relacionados