Maior túnel subaquático do mundo ligará Alemanha e Dinamarca sob o mar Báltico
Iniciada em 2020, a construção teve seu primeiro trecho inaugurado neste mês pelo rei Frederico X da Dinamarca
O túnel Fehmarnbelt, atualmente em construção entre Dinamarca e Alemanha, é um projeto que visa transformar a conectividade na região do Mar Báltico. Com 18 quilômetros de extensão, será o maior túnel subaquático e submerso do mundo, integrando rodovias e ferrovias para reduzir significativamente o tempo de viagem entre os dois países.
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Iniciada em 2020, a construção teve seu primeiro trecho inaugurado em 17 de junho de 2024 pelo rei Frederico X da Dinamarca, marcando um avanço importante no cronograma do projeto.
A Fermern A/S, empresa responsável pela execução, destaca que o túnel Fehmarnbelt é um dos maiores projetos de infraestrutura da Europa, com um orçamento total de mais de US$ 7,1 bilhões. O projeto teve início em 2008, quando ambos os países assinaram um tratado para sua construção, enfrentando desafios legais e ambientais que adiaram sua implementação por mais de uma década.
Processo de construção
A construção envolve uma grande quantidade de materiais: serão necessárias 360 mil toneladas de vergalhões, equivalente a quase 50 vezes o peso da estrutura da Torre Eiffel.O canteiro de obras do lado dinamarquês ocupa uma área vasta, comparável a 373 campos de futebol.
Cerca de 70 embarcações participaram da dragagem da trincheira do túnel, removendo 12 milhões de metros cúbicos de solo do fundo do mar para possibilitar sua construção.
O túnel consiste em 79 seções padrão e 10 seções especiais, cada uma pesando aproximadamente 73 mil toneladas e com dimensões de 217 metros de comprimento por 42 metros de largura e 10 metros de altura. Essas seções estão sendo fabricadas em terra firme, transportadas por balsa até o local de instalação e então submersas e seladas no fundo do mar, a profundidades de até 40 metros.
Quando concluído em 2029, o túnel Fehmarnbelt além de facilitar o transporte de passageiros e carga entre a Dinamarca e a Alemanha, também se tornará a rota mais direta entre a Escandinávia e o resto da Europa.