Idosa de 89 anos faz 'amizade' com raposa e sobrevive quatro noites perdida em floresta na Itália
Mulher teria ingerido água de poças para sobreviver
Uma idosa de 89 anos foi resgatada após passar quatro dias perdida em uma floresta, na região montanhosa da comuna de Maccagno con Pino e Veddasca, na Itália. Durante o período na mata, a mulher teria feito amizade com uma raposa e ingerido água de poças para sobreviver.
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De acordo com o jornal italiano Corriere Della Sera, Giuseppina Bardelli teria entrado na floresta com o filho, Sergio, para colher cogumelos, no último dia 21. Em determinado momento, quando os dois estavam separados, a idosa passou mal e acabou caindo em uma ravina com vegetação alta, o que impediu que ela fosse vista ou pudesse enxergar alguém.
Durante a queda, de sete metros, a mulher acabou quebrando algumas costelas e não conseguiu voltar à trilha sozinha. Incapaz de deixar a ravina, ela teve que lidar com animais selvagens, incluindo uma raposa, com quem acabou desenvolvendo uma relação de “amizade”.
“Uma raposa aproximou-se dela várias vezes, elas se tornaram quase amigas. Minha mãe chegou a falar para ela [a raposa]: ‘não faça nada comigo, está tudo bem, fique calma’”, contou à imprensa Sergio.
Para sobreviver, Guiseppina ainda chegou a beber água de poças e usar a vegetação para se cobrir durante a noite, enquanto dormia sob as árvores.
RESGATE
As buscas pela idosa começaram na noite do dia 21, quando familiares notificaram as autoridades sobre o desaparecimento. Após o contato, profissionais do Corpo de Bombeiros e voluntários do Corpo de Proteção Civil passaram a vasculhar a área florestal à procura de Guiseppina.
O trabalho só acabou na manhã do último domingo (24), depois que a equipe de resgate encontrou a mulher ao ouvir gritos de socorro vindos da ravina. Resgatada em estado de choque e desidratada, Guiseppina foi levada para o hospital, onde permanece recebendo acompanhamento médico.
“Ela tem algumas costelas quebradas, incluindo uma que perfurou levemente o pulmão. Então, precisará passar alguns dias no hospital”, explicou o filho da idosa.
Apesar das lesões, Sergio afirma que a família está aliviada por considerar a situação “um milagre”. “A ravina era três vezes mais profunda [do que a profundidade em que ela parou de cair], poderia ter sido muito ruim. É um milagre e pronto. Nós nos emocionamos muito”, concluiu ele.