Homem de 68 anos morre ao tentar salvar cão de incêndio no Havaí
Franklin Trejos é uma das 100 vítimas do incidente
Um homem morreu carbonizado tentando salvar o cachorro de um amigo durante incêndio que deixou mais de 100 mortos no Havaí. Franklin Trejos, de 68 anos, e o golden retriever Sam tiveram os corpos encontrados em um carro, na cidade de Lahaina, no condado de Maui, na última terça-feira (15).
Conforme o jornal britânico The Mirror, ao verem as chamas se aproximarem, Trejos tentou ajudar o vizinho, Geoff Bogar, fugindo com o seu cachorro, em seu carro. Contudo, o carro não ligou.
Bogar encontrou o corpo de Trejos no banco traseiro do veículo, por cima do cachorro Sam. A vítima era vizinho de Bogar e sua esposa Shannon há anos. "Deus escolheu um homem realmente bom”, disse Shannon. Os incêndios que deixaram mais de 100 mortos no arquipélago.
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Biden visita o Havaí
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden e sua mulher, Jill, irão se reunir na próxima segunda-feira (21) em Maui "com socorristas, sobreviventes e autoridades federais, estaduais e municipais", anunciou a Casa Branca.
"Sigo comprometido a dar tudo o que a população do Havaí precisar enquanto se recupera desse desastre", publicou o presidente americano na rede social X, antigo Twitter.
O incêndio que destruiu a cidade de Lahaina, na ilha de Maui, foi o mais letal em mais de um século nos Estados Unidos. O governador do Havaí, Josh Green, alertou que o número de mortos (110) pode dobrar.
Apenas cinco vítimas foram identificadas. Funcionários do condado de Maui divulgaram dois nomes, após terem notificado as famílias: Robert Dyckman, 74, e Buddy Jantoc, 79, ambos de Lahaina. A família desse último o descreveu como músico que participou de uma turnê com Carlos Santana.
Uma equipe de peritos, alguns dos quais trabalharam no 11 de Setembro, viajou a Maui, enquanto os esforços para identificar os restos mortais se intensificavam. Autoridades do condado começaram a colher amostras de DNA de pessoas com familiares desaparecidos.
Contêineres refrigerados foram instalados na ilha, na função de necrotério improvisado. Funcionários do Departamento de Saúde chegaram ao local para agilizar o processo de identificação das vítimas.
Atingidos pelos incêndios
Em Lahaina, que tinha 12.000 habitantes antes da tragédia, mais de 2.000 prédios foram destruídos. O presidente Biden assinou uma declaração de catástrofe natural, para permitir a liberação de recursos às equipes de emergência e reconstrução.
A gestão da crise foi duramente criticada, e vários moradores disseram que se sentiram abandonados pelas autoridades.