Conselho de Direitos Humanos da ONU cita Brasil ao denunciar racismo e discriminação no mundo
O País foi mencionado pelo chefe de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas
Volker Turk, alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou, nesta terça-feira (7), "a ameaça virulenta" da discriminação e do racismo e criticou a violência contra as mulheres, as pessoas LGBTQIA+ e outras minorias no mundo.
Em discurso, ele destacou dados do Brasil em relação à violência policial. Em 2021, apontou, o número de pessoas brancas pela polícia diminiuiu 31%. Já o número de pessoas negras assassinadas por agentes do estado aumentou 6%.
"A discriminação e o racismo são ameaças virulentas, tanto à dignidade humana quanto às nossas relações como seres humanos", discursou Turk. Ainda segundo ele, a discriminação e o racismo fornecem munições ao "desprezo" destes grupos, além de violarem direitos humanos e impedirem o desenvolvimento.
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VIOLÊNCIA CONTRA GRUPOS MINORITÁRIOS
O alto comissário denunciou casos de violência e violação de direitos humanos contra mulheres e meninas no Afeganistão e no Irã. Na terra dos afegãos, o Talibã priva mulheres de direitos humanos básicos. Já no Irã, os manifestantes, por vezes colocando a vida em risco, pedindo mais direitos a mulheres.
A violência contra pessoas de origem africana, judeus, muçulmanos, pessoas LGBTQIA+, refugiados e migrantes também foi citada em discurso. De acordo com Turk, eles também são vítimas do "discurso de ódio" que viola direitos fundamentais.