Carlos Villagrán, o Quico de 'Chaves', faz propaganda contra imigração ilegal para os EUA
Ator foi criticado por mexicanos, que citaram insensibilidade do artista diante das crises econômicas e políticas
O ator Carlos Villagrán, intérprete do personagem Quico na série 'Chaves', protagonizou uma campanha dos Estados Unidos contra a imigração ilegal de mexicanos e acabou recebendo uma série de críticas após vídeo divulgado pela embaixada norte-americana.
Villagrán voltou ao personagem, completamente caracterizado como Quico, no vídeo em que pede aos mexicanos que não tentem cruzar a fronteira de forma ilegal. A ação teria como objetivo diminuir os altos índices de entrada de imigrantes pela fronteira do México.
"Olá, amigos. Primeiro de tudo: Calem-se, calem-se, calem-se, vocês me deixam loucos! Tenho algo muito importante para dizer: não cruzem a fronteira dos Estados Unidos, porque seu pai, sua mãe, seu tio, seu cachorro, seu gato, seu periquito, todo mundo pode estar em perigo. O melhor é cruzar de forma legal. Vamos lá. Se você fizer isso, aí sim vou gostar de você", disse o ator.
Repercussão
As respostas nas redes sociais, entretanto, não foram positivas entre os compatriotas do intérprete de Quico. Nas mensagens, alguns chamaram Villagrán de insensível às crises econômicas e políticas, problema comum entre parte dos mexicanos e outros latino-americanos que tentam entrar nos EUA pelo México.
Para alguns internautas, a mensagem do ator fez, inclusive, um paralelo com Quico. Em 'Chaves', ele é o menino rico da vila e está sempre alheio aos problemas no protagonista, por exemplo, que vive em um barril.
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Ainda na segunda-feira (2), o presidente do México, Andres Manuel López Obrador, afirmou que cerca de 10 mil pessoas chegaram por dia à fronteira entre os EUA e o México na semana passada. Até então, Villagrán não se pronunciou sobre o assunto.
Em outro vídeo, ele surgiu se posicionando contra os traficantes de pessoas que coordenam as passagens ilegais nas fronteiras. "O papo furado dos coiotes sempre vai te deixar na mão", citou, chamando-os de coiotes, nome pelo qual são conhecidos.