Suspeita de envenenar ovo de Páscoa usou disfarce ao comprar chocolate; ciúme teria motivado crime
Três pessoas consumiram alimento envenenado; criança de 7 anos morreu

Jordélia Pereira Barbosa, principal suspeita de envenenar um ovo de Páscoa e enviar para uma família, utilizou um disfarce para comprar o produto envenenado. A ação foi registrada por câmeras de segurança de uma loja em Imperatriz, no interior do Maranhão.
Segundo informações da Polícia Civil do Estado do Maranhão (PCMA) divulgadas pelo portal g1, a motivação do crime teria sido ciúmes e vingança. Jordélia é ex-namorada do atual companheiro de Mirian Lira, de 32 anos. O homem chegou a ser suspeito de envolvimento no caso, assim como o ex-marido de Mirian.
A participação de ambos, no entanto, foi descartada por enquanto após descobrir que o atual companheiro de Mirian tinha uma ex-namorada que poderia ter envolvimento no crime.
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Jordélia tem cabelos loiros, e usava uma peruca preta e óculos escuros no momento em que comprou o chocolate. A PCMA acredita que a mulher colocou o disfarce para evitar ser reconhecida durante as investigações.
Ela foi presa em um ônibus interurbano na cidade de Santa Inês, no interior do Maranhão, e confessou ter comprado o ovo, mas negou ter colocado veneno. Três pessoas comeram o chocolate: Mirian Lira e os filhos, Luís Fernando, de sete anos, e Evelyn Fernanda, de 13 anos.
O menino passou mal após consumir o alimento, chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu. Mãe e filha estão internadas em estado gravíssimo no Hospital Municipal de Imperatriz.
Suspeita mora a cerca de 400 km de distância das vítimas
O secretário de segurança do Maranhão, Maurício Martins, reiterou que "os indícios levam a crer (…) que o crime foi motivado por vingança, por ciúme", uma vez que Jordélia é ex-namorada do atual companheiro de Mirian Lira.
Ainda nas investigações, a PCMA descobriu que a suspeita do crime mora em Santa Inês, a quase 400 quilômetros (km) de distância de Imperatriz, onde Mirian Lira e os filhos residem.
As autoridades descobriram que Jordélia havia se hospedado em um hotel na cidade onde aconteceu o crime no mesmo dia em que o ovo de chocolate foi enviado para a família, na quarta-feira (16). O produto está em análise no Instituto de Criminalística de Imperatriz (Icrim).
"Identificamos o hotel onde a suspeita se hospedou, a loja onde comprou o objeto, que é uma loja que vende produtos de ovo de Páscoa, no qual ela inseriu a substância que, tudo indica, ser veneno. Porque ainda não temos especificamente que substância é essa, pois está em análise o produto recolhido", acrescentou.
A PCMA ainda deve investigar se há a participação de outras pessoas no crime. Jordélia deve responder por diversos crimes, como homicídio e por, pelo menos, duas tentativas de homícidio. Ela está presa no Presídio de Santa Inês.