O Flamengo de 2019 criou um padrão de jogo para si próprio.
Resultado: a torcida e a mídia esportiva não aceitam nada abaixo do que o time de Jorge Jesus jogava.
As passagens de Renato Gaúcho e Rogério Ceni não trouxeram o padrão cultuado.
Em uma primeira fase de Guto Ferreira no Ceará, o treinador extraiu do elenco uma equipe com musculatura.
Não era o que se poderia considerar bonito, mas primava pela eficiência.
Os bons resultados fizeram pousada em Porangabuçu.
Quando o futebol de aplicação fraquejou, o "Gordiola" caiu.
Com Vojvoda, o Fortaleza jogou, no ano passado, um futebol para lá de prazeroso aos atletas e ao público.
Foi aplaudido pelo Brasil inteiro.
Como disse Joãozinho Trinta: "O povo gosta do que é bonito. Quem gosta do que é feio é intelectual".
Talvez, o carnavalesco não tenha dito exatamente assim, mas vamos lá.
Agora, os analistas não são obrigados a levar em conta as projeções e o estado de disposição para jogar, por parte desses times.
Ao elevar, em diferentes períodos, a qualidade do padrão de jogo, as equipes habituaram o distinto público a exigir um futebol de maior qualidade .
Os times que joguem, busquem nível superior de produção, o que já foi possível em tempo recentíssimo.
Bastam as argumentacões e justificativas para atuações de baixo padrão.
A hora da onça matar a sede está chegando.
Futebol não é só números, atentem para isso.
Desempenho só é secundário até deixar de ser.