O Fortaleza entrou em campo, mirando a carótida do São Paulo, para mostrar que “o Tricolor daqui é melhor do que o de lá”, lembrando uma levada de forró.
O time do Vojvoda fez retornar o rojão imprimido na maioria dos seus jogos pelo campeonato brasileiro, negando a bola ao São Paulo e atacando, com constância e velocidade.
Em duas oportunidades, o ala Pikachu jogou fora do alvo a chance do Fortaleza estabelecer uma vantagem folgada.
Além do gol de Ronald (cortando um passe de Liziero para Benitez), o tricolor cearense não deu sossego ao São Paulo, tornando longa uma sequência de investidas conduzidas pela força impulsionadora de jogadores como Tinga (soberbo), Jussa, Ederson, Ronald, Crispim e Romarinho.
Mesmo que Edinho e Wellington Paulista destoassem, a superioridade do Leão merecia muito mais do que a vantagem mínima.
Na segunda etapa, ao voltar com Vargas (enrolou-se muito nas jogadas), no lugar de Edinho, e David no posto de Romarinho, o Fortaleza resolveu diluir em ações menos impositivas (comparadas ao primeiro tempo) o castigo imposto ao São Paulo.
David deu iluminação ao jogo, no segundo tempo, em duas manobras: no mamão com açúcar, que serviu para Enriquez marcar o segundo, e no golaço que fez, finalizando um contra-ataque.
Gabriel Sara diminuiu, mas o time paulista saiu convencido de que teve pela frente um tricolor muito superior a ele na entrega, na autonomia, na carpintaria (meio-campo), na ocupação ferrenha dos espaços e na variação dos setores atacados.
Crespo livrou-se de uma encrespada mais contundente.