O inicio de jogo do Fortaleza trouxe a impressão de que o tricolor levaria a vitória, com sobras, diante do seu maior rival.
Pressão na saída de bola, único nas finalizações e abertura de contagem, através de Tinga, finalizando após defesa parcial de Richard.
O Ceará, pelo contrário, armou um meio-campo – William Oliveira, Kelvin e Marlon – de pouco trato com a bola, levou Fernando Sobral para a ala direita e não definiu bem o posicionamento de Vina e Lima pelo centro do ataque.
Com Mendoza mal e a ausência de apoio pelos lados, não se pode contabilizar isso como pouco problema para o alvinegro.
Depois do gol e de oferecer uma melhor distribuição tática em campo, o Fortaleza foi diminuindo o volume inicial.
Com o seu jeito de pisar firme, mesmo quando as coisas não ficam “no jeito”, o Ceará se valeu da individualidade de Lima para empatar a partida, através de Kelvin.
Na etapa final, o alvinegro já definiu Cléber como centroavante e tirou Kelvin do meio-campo e, logo depois, fez entrar Buiu e levou Fernando Sobral para o meio.
Apesar de voltar, buscando a tomar a dianteira nas finalizações, com Vargas e David (Richard fez uma extraordinária defesa), o tricolor já não apresentou o mesmo equilíbrio e se valia até de faltas como recurso para parar jogadas.
O Ceará sacou Wiliam Oliveira e Vina e colocou Fabinho e Jorginho.
Cléber brigou duas vezes em bola que veio do escanteio e, na segunda tentativa, marcou de cabeça e desempatou o jogo.
Rick, imprevisível como ele só, que havia substituído Mendoza, para dar mais velocidade as jogadas de ataque, driblou dois marcadores e marcou um golaço.
Foi o Ceará, devolvendo ao Fortaleza, no último terço do tempo de jogo, o embaraço que o tricolor lhe impôs no começo do clássico.
Se o placar estava fora das previsões e aconteceu, coloque-se na conta desse grande jogo como coisa normal.