Capitão Wagner flerta com aliados do governo e sugere vaga de vice ao PSD de Domingos Filho

A convenção do União Brasil que definirá a chapa eleitoral está agendada para o dia 5 de agosto

Legenda: Capitão Wagner tem viajado o interior cearense para angariar apoios
Foto: Divulgação/União Brasil

Em meio às indefinições do PDT para a escolha da candidatura e formação de chapa ao Governo do Ceará, o principal adversário da oposição, Capitão Wagner (União Brasil), tem se adiantado na tentativa de abrir diálogos com partidos aliados do governo.

Um deles é o PSD de Domingos Filho. Para Wagner, é legítima a reivindicação do partido para ocupar a vaga de vice do PDT, mas que, se não houver esse entedimento por lá, aceitaria discutir o assunto na oposição.

Domingos é muito claro e não esconde pra ninguém que quer ser o vice da chapa do governo, e acho que é legítimo pelo tamanho que o partido construiu no Estado do Ceará, pelo número de prefeitos e deputados. E se não houver essa possibilidade do lado de lá, acho que há abertura para o PSD vir para o lado de cá
Capitão Wagner
Pré-candidato a governador

Procurado pela coluna, o líder do PSD no Estado e ex-vice-governador argumentou que foi consultado pela oposição sobre a possibilidade de acordos, mas que reafirmou a continuidade da aliança com o senador Cid Gomes (PDT).

"Fico lisonjeado pela lembrança e o reconhecimento do tamanho do PSD pela oposição, mas faço parte da base do governo, e é onde nós vamos caminhar para celebrar a composição", disse o dirigente.

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Domingos, no entanto, deixou ainda mais claro qual será o sentimento do PSD caso não integre a chapa governista como planeja.

"Não vejo nenhum argumento razoável que possa permitir que um partido da aliança, seja o PT seja o PDT, deva ficar com duas posições na chapa. Aliás, o que já foi enfaticamente definido sobre a orientação do senador Cid Gomes. Passaria a ser um processo de exclusão", sentencia Domingos.

Conversas

Capitão Wagner declarou, em almoço com jornalistas nesta sexta-feira (17), que também tem conversado com lideranças do MDB, PL e PP pensando em futuro acordo.

PP e MDB, inclusive, integram a base aliada da governadora Izolda Cela (PDT) na Assembleia Legislativa.

Nos bastidores, a expectativa é de que a definição do PDT pode mudar as articulações e refazer acordos para a disputa eleitoral no Ceará.

Há uma clara disputa entre Izolda Cela e Roberto Cláudio não apenas dentro do PDT. Do lado de fora, lideranças chegam a condicionar o apoio a depender do escolhido ou escolhida. O PT é quem mais tem opinado publicamente.

Reunião da Executiva do PT aguarda uma definição do PDT para indicar a tática eleitoral. Na mesma toada, o MDB está na expectativa do desenrolar dessas negociações para, enfim, definir uma estratégia mais clara aos possíveis aliados.

É avaliando esse cenário que o União Brasil deverá realizar a convenção apenas em 5 de agosto — último dia permitido pela Justiça Eleitoral para a oficialização das chapas.



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