A Stone segue trabalhando para expandir operações no Ceará. O objetivo, agora, segundo o presidente da fintech de meios de pagamentos, Augusto Lins, é aumentar o número de colaboradores e clientes em 30% até o fim deste ano. A informação foi confirmada em entrevista exclusiva para o Diário do Nordeste.
A perspectiva trabalhada pela Stone é contratar pessoas de diversas áreas, focando, principalmente, no setor de marketing e vendas, além dos profissionais do setor de tecnologia e desenvolvimento.
"Viemos para cá porque estamos lançando o projeto liderança empreendedora, então nos próximos dias vamos passar por várias capitais, visitando as faculdades com o objetivo ajudar na formação dessas lideranças. Somos uma empresa com mais 15 mil colaboradores que servem 2 milhões de clientes, e no Ceará são 300 colaboradores e mais de 100 mil lojistas, então aqui é uma praça importante", disse Augusto.
"Nós queremos contratar mais 30% do que temos hoje aqui no Ceará até o final do ano, aumentando também o número de lojistas clientes na mesma proporção. Queremos aumentar a proporção de equipe para trazer clientes e hoje a gente busca equilibrar crescimento com rentabilidade", completou.
Com cerca de 300 funcionários no Estado, a iniciativa deverá gerar pelo menos 90 vagas em 2022. Além disso, a empresa espera prospectar ao menos 30 mil novos clientes.
A lista de visitas incluiu uma palestra na Universidade Federal do Ceará (UFC) para tratar sobre um programa de treinamento de novas lideranças, focado em ajudar os profissionais ainda em formação a ase adaptar às novas demandas do mercado de trabalho.
O presidente da Stone destacou as mudanças nos modelos de trabalho, como adaptação do modelo híbrido, e as diferenças geracionais em processos organizacionais das empresas.
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As novas contratações no Ceará deverão ajudar a Stone no processo de adaptação de perfil, que vem evoluindo nos últimos anos de uma fornecedora de maquininhas de uma plataforma de serviços financeiros e gestão para os lojistas, segundo Augusto Lins.
Objetivo é fornecer um número maior de serviços integrados em um único equipamento. A lista de produtos passaria por programas de gestão de estoque, seguros, programa de fidelidade, mídias sociais, vendas online e outros.
"A nossa estratégia é crescer e rentabilizar nossos clientes, então vamos ter produtos de valor agregado, com software de gestão, seguros. Visamos permitir que esse cliente possa gerir muito melhor o seu negócio. Claro que o nosso propósito é servir o empreendedor brasileiro, ajudando ele a crescer e gerir melhor o próprio negócio", explicou.
A atualização faz parte de um momento da empresa que atualmente convive com previsões positivas de crescimento do setor de cartão de crédito e uma competição mais acirrada com novos serviços de pagamento digital, como o Pix. A nova ferramenta de pagamentos vem rivalizando, segundo Augusto, com as transações com cartões de débito e transferências bancárias.
"O Pix digitalizou milhões de pessoas, que precisam ter um celular e uma conta de pagamento, e toda conta tem um acessório plástico. Então estamos vendo um crescimento muito grande desse mercado de meios de pagamento eletrônico. E em vez o Pix estar tomando o mercado, ele está aumentando o mercado endereçado",
"A projeção de crescimento que a ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) para o mercado de cartões de crédito é de 18%, enquanto o PIB cresce 1%. Isso porque estamos usando cada vez mais o cartão, que pode ser usado no touch, numa carteira digital. Então o Pix ajudou a digitalizar o consumidor e mudou nosso perfil de consumo digital", completou.