Quando se fala em emagrecer, é muito comum ouvirmos que é necessário atingir o déficit calórico para ocorrer a perda de peso. Mas afinal o que é isso e como essa conta pode ser crucial para quem quer reduzir medidas?
O déficit calórico nada mais é do que o consumo de uma quantidade menor de calorias do que o total o qual o organismo está gastando. Lembrando que a caloria é uma unidade de medida de energia e é indicada nos alimentos.
“O corpo humano tem uma demanda constante por energia para realizar as demais funções, tais como acordar, beber, andar, escrever, e assim por diante. O corpo utiliza as calorias dos alimentos como combustível para tais funções”, explica a nutricionista Mirella Sales.
A especialista detalha que os nutrientes que contêm caloria e são a principal fonte de energia para o organismo são os carboidratos, gorduras e proteínas. Cada alimento, conforme ela, possui sua composição específica e fornece uma quantidade própria de caloria.
“Diariamente, realizamos atividades e, consequentemente, precisamos de energia proveniente dos alimentos para manter essas funções. Quando se ingere a quantidade de alimentos correspondente à quantidade de energia que se gasta por dia, o peso permanece estável”, diz.
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A necessidade de ingestão calórica diária varia, segundo a nutricionista, de acordo com a idade, sexo, peso, composição corporal, altura e níveis de atividade física do indivíduo. Então, com base nesses dados, existem várias formas e fórmulas que podem estimar a quantidade diária de calorias que uma pessoa necessita.
“Manter o déficit calórico é um fator importante na perda de peso, mas não é tudo. As calorias não são o único fator que dita o sucesso do emagrecimento. Para se realizar um déficit calórico da forma correta, além de levar em consideração as calorias, é necessário abordagem equilibrada e saudável para se alcançar o emagrecimento de forma gradual e sustentável”, defende.
Mirella Sales aposta na elaboração de um plano alimentar que considere as individualidades, associado a alimentos de maior valor nutricional na quantidade e momento certo. Essa estratégia, conforme ela, ajuda na perda de peso eficiente, ou seja, aquela que elimina mais massa gorda e preserva o máximo de massa magra.
Outra dúvida comum para quem visa emagrecer é se só o déficit calórico é suficiente para atingir o objetivo? Mirella conta que para um resultado bem-sucedido e duradora é indicado inserir a prática de atividade física de forma regular, aliando-a a alimentação saudável.
”.“Ao se realizar exercício físico, o corpo queima mais calorias. Essa quantidade varia de pessoa para pessoa, mas, no geral, atividades mais intensas queimam mais calorias do que exercícios de esforço mais leve. No fim, o exercício pode contribuir para um déficit calórico mais eficiente. Além disso, colabora para o ganho de massa muscular, que, a longo prazo, torna o metabolismo mais acelerado, ou seja, que necessite de mais calorias para se manter ativo
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A nutricionista lembra que diferentes alimentos podem afetar o metabolismo, alterar hormônios e até a sensação de fome e saciedade. Então, ela recomenda a ingestão de vegetais, grãos integrais, legumes, carnes magras, peixe, aves, laticínios, nozes e sementes, em detrimento de alimentos processados, como massas brancas, refrigerantes, biscoitos, salgadinhos, sorvetes e bebidas alcoólicas, considerados de baixa densidade nutricional.
“Para se alcançar uma dieta mais equilibrada, na busca de um emagrecimento saudável, é necessário entender não apenas de déficit calórico, mas de qualidade nutricional. Em termos práticos, alguns alimentos podem facilitar a manutenção de um peso saudável, ao mesmo tempo, em que otimizam sua saúde”, finaliza.