'B.A: O Futuro Está Morto': série distópica brasileira estreia na HBO Max

Produção é inspirada na HQ 'O Beijo Adolescente', de Rafael Coutinho

Legenda: Jovens são o foco e o verdadeiro trunfo de 'B.A: O Futuro Está Morto'
Foto: divulgação

Imagine só um mundo em que a passagem da adolescência para a vida adulta resultasse no sumiço das cores, de forma literal mesmo. Nele, os jovens têm superpoderes e tentam, a todo custo, não passar pela situação traumática. Uma realidade distópica, claro, que é exatamente uma das premissas de 'B.A: O Futuro Está Morto', nova série da HBO Max, baseada na HQ 'O Beijo Adolescente', de Rafael Coutinho.

A estreia foi nessa quarta-feira (18), mas tivemos acesso ao primeiro episódio da temporada um pouco antes, além de um papo direto e bem especial com os integrantes da obra. Entre atores, produtores e diretores, todos pareceram apaixonados pelo trabalho, que representa, também, mais uma aposta entre as produções do Brasil nas séries distópicas e de universo completamente lúdico. 

Veja o trailer:

"'B.A' tem um roteiro muito rico, conta muita coisa importante. Por mais que seja uma distopia, são coisas que você pode muito bem relacionar com o Brasil que a gente vive hoje, e eu acho que para mim enquanto ator é um presente ter um projeto adolescente em que você possa enxergar as pessoas e levar a pensar sobre algumas questões do nosso sistema", opinou, logo de início, o ator Benjamín. Ele é o intérprete de Ariel, protagonista da série. 

Segundo a sinopse, o B.A (O Beijo Adolescente) surge como uma marca criada por Palhaço, LinLin e Tomás em meio a uma realidade em que o céu e a violência forte surgem na cidade. O B.A, então, esconde uma sociedade secreta de estudantes com superpoderes, usados para proteção contra os adultos, esses últimos acometidos por um fenômeno misterioso chamado monocromia

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Nesse cenário, o primeiro episódio da série já faz questão de mostrar: são esses mesmos jovens, ainda que vivendo uma revolução dentro de si, os capazes por propor novas visões e possibilidades para viver em um mundo difícil. Ainda que ele seja distópico, a brincadeira está até mesmo no fato de que ele não é tão distinto do que habitamos hoje em dia. 

Cores e juventude

E se a intenção era adentrar no universo jovem representando toda a riqueza que esse período é capaz de proporcionar, a série entrega com solidez e harmonia. O contraste entre as cores das cenas, os embates entre a realidade adolescente e adulta e até a distopia como algo nem tão fora da realidade assim estão entre os detalhes que tornam a série coesa e bastante divertida de acompanhar. 

Para retratar tudo isso, claro, as referências acabam vindo à mente, visto que séries distópicas envolvendo o universo jovem já estão presentes na indústria há décadas. A diferença da vez, explica a atriz Giulia Del Bel, intérprete de LinLin, é que 'B.A: O Futuro Está Morto' bebe dos temas mais atuais e não tem medo na hora de representar jovens diversos.

Ariel em 'B.A: O Futuro não Está Morto'
Legenda: Benjamín, como Ariel, é o protagonista da série
Foto: divulgação

Segundo ela, os temas sérios são tratados com cuidado na série - que até fala sobre a Amazônia -, mas não se furtam de utilizar tudo que é lúdico para embasar o trabalho. "As nossas referências para 'B.A' vieram do nosso próprio cotidiano, da nossa realidade, e aí tivemos que pensar em uma forma de contar isso sem ser maçante, sem ter todo esse peso, e aí vimos toda a imaginação para criar essa ideia de futuro, novas possibilidades", opinou.

E nesse âmbito a série mistura toda a alegria presente nessa jovialidade destacando a importância de trazer, cada vez mais, o atestado de que os adolescentes podem participar ativamente de assuntos séries e transformadores, seja no mundo da ficção ou na realidade.

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"Acho que a questão política é algo muito central nessa história, e a série traz esses adolescentes inseridos nisso, lutando por isso, como se essa geração fosse a verdadeira capaz de mudar tudo. E a história me encanta muito pela diversidade, sabe? Tanto dentro da série como no casting, por exemplo, e eu acho que isso cria sim uma identificação muito boa", explicou Ana Karolina Lannes, que também faz parte da produção. 

No elenco estão Benjamín, Giulia de Bel, Shaolin, Pedro Goifman, Ana Karolina Lannes, Antonio Haddad, Luan Carvalho, Samantha Prates, Sabrina Nonata, Carol Akemi, Renato Santana, Yasmin Azevedo, Milhem Cortaz, Betty Gofman, Cris Vianna, Zécarlos Machado, Flávio Bauraqui e Ingrid Gaigher, entre outros. A primeira temporada já está disponível para assinantes da HBO Max. 

 



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