Capitão Wagner publica ficha de filiação ao União Brasil em meio a incertezas na atração de aliados

O pré-candidato administra a disputa pelo União enquanto Republicanos ameaça sair de aliança e PL segue na base governista

Legenda: Capitão Wagner com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em Jati, no Ceará
Foto: Presidência da República

A disputa pelo comando do gigante União Brasil no Ceará segue acirrada nos bastidores, com pontuais manifestações que vão a público. Uma delas aconteceu na noite da terça-feira (15), quando o pré-candidato ao Governo do Estado na oposição, o deputado federal Capitão Wagner (Pros), publicou uma ficha de filiação ao União Brasil, convocando interessados na filiação.

Como o partido tem foco principalmente em formar uma bancada forte na disputa pela Câmara dos Deputados, Wagner tem se dedicado a mostrar força de articulação na disputa com o grupo governista, liderado pelo senador Cid Gomes (PDT).

Na outra ponta da disputa junto à Executiva Nacional, está o presidente do DEM, partido que se juntou ao PSL, formando o União Brasil, presidido pelo senador em exercício, Chiquinho Feitosa - aliado de primeira ordem dos irmãos Cid e Ciro Gomes. 

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Capitão Wagner tem tentado atrair também deputados, prefeitos e ex-prefeitos para o União Brasil. Já anunciou ter nomes para mudar para o novo partido como o deputado federal Vaidon Oliveira (Pros), a deputada estadual Fernanda Pessoa (PSDB), o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PSDB) e o ex-prefeito de Barbalha Argemiro Sampaio (PSDB).

Maior partido do Brasil desde a fusão, no início deste mês, o União Brasil terá o maior volume de recursos e de tempo de rádio e TV nas eleições de 2022. 

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O desafio de atrair aliados

A oposição tem tido dificuldade em articular uma base de aliados na disputa pelo Governo. Na semana passada, o Republicanos ameaçou deixar a base de Wagner por impasse com a filiação da esposa de Wagner, Dayany Bittencourt, e por julgar que o pré-candidato tem demorado a ter definições. Na ocasião, o deputado federal disse que o partido está "ansioso".

Outro abalo foi a recondução do prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves à presidência do PL no último final de semana. Desde que recebeu a filiação de Jair Bolsonaro, aliados do presidente no Ceará tentam tomar a presidência do partido, já que Acilon é ligado à base governista.

Tanto Wagner como Acilon estiveram na visita de Bolsonaro ao Ceará no dia 8 de fevereiro. Enquanto Wagner abriu os discursos no palanque, com elogios e promessas de apoio em 2022, Acilon foi deixado junto à população que acompanhava o evento, mesmo sendo o presidente estadual da sigla de Bolsonaro. A recondução ao cargo pegou de surpresa base e oposição.

Até março, a mobilização de troca de partidos, definição de alianças e formação de bancadas ganha força com a abertura da janela partidária, quando poderá haver troca de legendas entre quem detém mandato, sem risco de perder o cargo. 



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