Ao longo desta semana, a base parlamentar de apoio ao governador Elmano de Freitas (PT) terá o primeiro teste. Haverá, provavelmente na quarta-feira (15), a votação de um conjunto de medidas econômicas e a reforma administrativa do Estado, após a qual ficará mais cristalino o apoio e à oposição à gestão.
Além do teste de fidelidade da base que têm, atualmente, cerca de 26 deputados oficialmente, será oportunidade para medir o tamanho do barulho que a oposição ao governo poder fazer e também quais dos deputados que se consideram “independentes” estão dispostos a se juntar à base em temas sensíveis.
O ponto mais polêmico do pacote é a elevação da alíquota modal do ICMS, principal tributo estadual, de 18% para 20%, incidindo, inclusive, sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicações, os principais produtos e serviços alvo de desoneração ocorrida no ano passado por decisão do Congresso Nacional.
O assunto ainda tem uma ressonância negativa em uma parte dos parlamentares, mas os membros da base do governo não consideram que haverá dificuldade em aprovar a matéria.
Setores da oposição, entretanto, têm se colocado contrários à medida, mais fortemente o partido União Brasil, que soltou nota contra o projeto. Mesmo neste partido, nos bastidores, ainda há dúvidas se os quatro deputados votarão juntos neste assunto.
Apelo à Assembleia
Quem também tem puxado um discurso forte contrário à medida é o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, presidente municipal do PDT em Fortaleza. Embora a bancada do partido, em parte apoie o governo Elmano na Casa, ele tem sido duro nas críticas ao pacote inicial encaminhado à Casa pelo governador.
A contrariedade de Roberto Cláudio deve ter reflexos na bancada do PDT no Legislativo, mas está a saber qual será o tamanho dessa dissidência. Dos 13 deputados do partido, seis se consideram “independentes”. Destes, a base do governo admite ter um apoio de três, que se somariam aos outro sete que já apoiam o governo.
Olho nos "independentes"
Entre os independentes, outros nomes ficam para observação sobre a posição. Casos, por exemplo, de Emília Pessoa (PSDB), Firmo Camurça (União), Gabriella Aguiar, Fernando Hugo e Lucílvio Girão, do PSD, além dos membros do Republicanos, Apóstolo Luiz Henrique e David Durant.
O resultado da votação que ocorrerá nesta semana dará uma visão mais clara tanto para o governo como para os opositores onde cada um pode chegar nos próximos meses.
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