Sob comando do cearense Camilo Santana, o Ministério da Educação já tem o primeiro programa de reformas estruturais pronto para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O conjunto de medidas diz respeito à nova estratégia nacional de educação das crianças na idade certa.
O ministro e ex-governador do Ceará detalhou a importância da alfabetização das crianças na faixa etária correta após debater os resultados do Censo Escolar da Educação Básica divulgado pelo Inep na última quarta-feira (8).
Na oportunidade, Camilo Santana enfatizou que pretende ampliar a cooperação das políticas públicas de educação com estados e municípios, onde está a maior parte das matrículas na educação básica.
Segundo ele, o primeiro programa sob sua gestão será apresentado ao presidente nos próximos dias.
“Está praticamente pronto. Vamos apresentar para que ele possa validar e para discutirmos com as entidades. Vamos sempre construir coletivamente com aqueles que representam os setores da educação, para que possam refinar a proposta do MEC desta grande política nacional”, diz o ministro.
A alfabetização na idade certa é um projeto de sucesso na educação pública cearense. Ao longo da apresentação, inclusive, o gestor destacou as políticas implantadas no Estado como referência para o País.
Segundo os dados do Censo Escolar, as dificuldades de alfabetização cresceram bastante por conta da pandemia da Covid-19. A proporção de alunos com problemas de língua portuguesa passou de 15,5% em 2019 para 33,8% em 2021, segundo o Ministério.
Novas políticas
Nesta quinta-feira, por meio das redes sociais, o ministro anunciou a liberação de R$ 250 milhões, por meio do FNDE, para retomada de mais de mil obras de escolas de educação infantil, fundamental e quadras esportivas em todo o País.
Até abril, Camilo Santana quer que as políticas estruturais, como a do avanço do ensino em tempo integral estejam prontas e entregues ao presidente Lula.
“A gente pretende que nesses primeiros 100 dias todas as políticas estejam formatadas e validadas pelo presidente, para que a gente possa divulgá-las e apresentá-las à sociedade”, afirmou o ministro.