'Única briga em que entrarei é para trazer mais vacinas', diz Camilo em meio a disputas políticas

Enquanto João Doria e o presidente Jair Bolsonaro medem forças, governador diz estar em campo para tentar reforçar vacinação no Estado e critica disputa política.

Legenda: Para o governador, a busca pela ampliação da vacinação deve estar à frente de questões políticas no País
Foto: Helene Santos

Após iniciar a vacinação contra Covid-19 no Ceará ainda na noite de segunda-feira (18), o governador Camilo Santana (PT) diz já estar articulando os próximos passos para trazer mais doses de imunizantes ao Estado. O Governo cearense atua em várias frentes, mas Camilo quer passar longe do embate político nacional. 

Em meio ao ambiente caótico em que a disputa política - principalmente entre o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - se mistura ao início da vacinação, o petista foi taxativo em contato com esta coluna na manhã desta terça (19). 

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“A única briga em que entrarei neste momento é para trazer mais vacinas para o Ceará. Continuarei lutando muito por isso. Sejam de onde for. O momento, agora, não deve ser de disputa política, mas unicamente para proteger vidas”, disse o governador. 

Durante as articulações para viabilizar a vacinação, Camilo esteve por diversas vezes com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e também em São Paulo, com os técnicos do Instituto Butantan, responsável pela parceria com a chinesa Sinovac para produção da Coronavac, e também com o governador João Doria.

Além das doses previstas no Plano Nacional de Vacinação, o Estado do Ceará tem protocolo de intenção assinado para comprar mais doses da Coronavac e também com a Pfizer, cuja vacina ainda não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o Estado negocia com laboratórios internacionais para trazer a fase três de testes de um novo imunizante ao Ceará.

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